Advogado é preso em Mossoró suspeito de falsificar alvarás judiciais para sacar dinheiro

Policiais Civis da Delegacia de Defraudações de Mossoró realizaram nesta sexta-feira (24) a operação “Arremedos de Jurisdição”. Por força de mandado de prisão preventiva, o advogado Jonas Miqueias de Melo Félix, 30 anos, o web designer Denílson Lopes de Souza, 22 anos e Aldo Ribeiro de Souza Neto, de 22 anos, foram presos. Também foram feitas buscas e apreensões de computadores e documentos nas residências e locais de trabalho dos suspeitos.

O trio é investigador por falsificar alvarás judiciais para sacar dinheiro de contas da justiça. Eles acessavam o sistema Projudi do site Tribunal de Justiça do Estado, pegavam os dados das partes do processo e substituíam pelos dados deles, para que pudessem sacar o dinheiro no banco. O trio, ainda conforme a investigação, falsificava as assinaturas da juíza e da secretária do fórum Desembarcador Silveira Martins, em Mossoró.

Miqueias, Denílson e Aldo, segundo o delegado José Vieira de Castro, vão aguardar presos preventivamente decisão da Justiça sobre os crimes de falsificação de documento público e estelionato.

Prisão acompanhada

Em contato, por telefone, com o Defato.com o presidente da OAB/Mossoró, o advogado Aldo Fernandes, informou que acompanhou o cumprimento do mandado de prisão preventiva contra Miqueias, como parte do procedimento institucional. 

"O estatuto do advogado determina que o mandado de prisão contra advogado seja cumprido na presença de um representante da Ordem", explicou Aldo Fernandes, informando que a prisão foi efetuada na manhã desta sexta-feira (24), por volta das 10h, no próprio escritório de Miqueias.

Ainda segundo o presidente da OAB/Mossoró, após a prisão, o advogado foi conduzido para a Delegacia de Defraudações e, em seguida, para uma sala reservada do 2º Batatalhão de Policia Militar  (II BPM)

Aldo Fernandes também informou que não tinha propriedade para falar acerca do motivo da prisão. "Solicitei cópia do inquérito e até segunda-feira devo estar tendo acesso para analisar o conteúdo", finalizou ele.

* Márcio Melo via Cidade News Itaú