quinta-feira, 23 de maio de 2013

Fluminense domina, insiste, mas não acerta o pé e fica apenas no 0 a 0 com o Olimpia no Rio

Tricolor, no entanto, joga por qualquer empate fora


O Fluminense controlou o jogo, insistiu, foi empurrado pela torcida, mas apenas empatou com o Olimpia, por 0 a 0, nesta quarta-feira à noite, em São Januário, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores. O resultado, no entanto, não parece ser encarado de forma tão ruim pelo próprio técnico Abel Braga, que antes da partida disse que preferia a igualdade sem gols do que uma vitória por 2 a 1, por causa do critério de gols marcados fora de casa.

O duelo de volta será na próxima quarta-feira, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Para conseguir a vaga na semifinal e seguir na briga para conquistar pela primeira vez o título sul-americano, o Fluminense pode empatar por qualquer placar, desde que marque pelo menos um gol. Novo 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis, e qualquer time que vencer garante a classificação.
Apesar de ter tido amplo domínio de posse de bola e de ter sofrido poucos riscos diante do tricampeão da Libertadores, o time brasileiro não conseguiu acertar o pé para converter as chances que teve. No primeiro tempo, Leandro Euzébio e Jean pararam no goleiro Martín Silva. Na segunda etapa, Rhayner desperdiçou a principal oportunidade do Flu na partida.
Quem avançar entre Flu e Olimpia, a princípio, pega o vencedor de Independiente de Santa Fé, da Colômbia, e Real Garcilaso, do Peru. Nesta quinta, os colombianos ganharam por 3 a 1, fora de casa, e deram um grande passo para a classificação. No entanto, se o Fluminense passar e o Atlético-MG eliminar o Tijuana, do México, os dois brasileiros vão se enfrentar na próxima fase. Isso porque o regulamento da Conmebol obriga o cruzamento de equipes do mesmo país na semifinal, para evitar uma final caseira.
O jogo
Sem jogar há duas semanas, desde o duelo de volta contra o Emelec pelas oitavas, o Fluminense teve tempo para se preparar e recuperar fisicamente os jogadores mais desgastados. Com isso, o técnico Abel Braga quase teve força máxima nesta quarta. A exceção foi o meia Thiago Neves, que sofreu uma lesão na panturrilha e foi desfalque. Com isso, Wagner mais uma vez atuou na armação, com a função de municiar o trio ofensivo formado por Rhayner, Wellington Nem e Fred.
Empurrado por quase 20 mil torcedores, que novamente transformaram São Januário em um caldeirão, como queria Abel, o Fluminense dominou amplamente as ações no primeiro tempo, tendo posse de bola bem superior ao adversário. O Olimpia só conseguia chegar ao campo de ataque quando recuperava a bola rápido em erros de passe do Tricolor, mas isso pouco aconteceu.
Apesar de ter a bola nos pés, foram apenas duas boas oportunidades de gol antes do intervalo. A primeira logo no início, quando a zaga paraguaia parou e o zagueiro Leandro Euzébio apareceu sozinho na cara do gol, após cruzamento de Nem, mas o goleiro Martín Silva salvou a finalização. A segunda, aos 17 minutos, foi em um chute forte de fora da área do volante Jean, novamente defendido por Silva.
O Tricolor ainda reclamou de três pênaltis, acertadamente não marcados pela arbitragem. Em um deles, Bruno levou cartão amarelo por simulação, nos outros Rhayner e Fred se enrolaram com a marcação. Mesmo com o controle, o Flu teve dificuldades para furar o bloqueio do Olimpia, que quando preciso apelou para faltas mais duras, o que rendeu amarelos para Manzur e Aranda. Na única chance dos visitantes, Baez chutou para fora.
Para a segunda etapa, Abel Braga inverteu Wellington Nem e Rhayner de lado, passando o primeiro para a esquerda. Precisando do gol para abrir vantagem em casa no duelo de 180 minutos, o Fluminense manteve o ímpeto ofensivo, continuou dominando e até chegou mais vezes com perigo à frente do que antes do intervalo. Lá atrás, os donos da casa estavam seguros, sofreram pouco risco, mas o gol estava difícil de sair.
Wellington Nem e Jean conseguiram finalizar após bolas rebatidas pela zaga do Olimpia, Carlinhos apareceu bem em lances pela esquerda e Wagner quase marcou. Porém, a grande oportunidade foi perdida por Rhayner, que recebeu ótimo passe de Fred, driblou o goleiro Silva em velocidade, mas chutou muito mal, sem força, e a defesa tirou.
Nas arquibancadas, a torcida tricolor pediu a entrada de Rafael Sobis, Abel atendeu, e colocou o atacante no lugar do lateral Bruno. Logo depois, Wagner, que pouco produziu e saiu cansado, foi substituído pelo meia Felipe.
A pressão do Fluminense resultou na expulsão de Aranda, que deixou o Olimpia com dez atletas em campo após falta dura. Rafael Sobis ainda cobrou uma falta que exigiu defesa de Silva, o atacante Samuel entrou no lugar do volante Edinho, mas a insistência não adiantou, e o placar de 0 a 0 persistiu até o apito final. Apesar do empate dentro de casa, a torcida tricolor apoiou o time no fim e demonstrou confiança em buscar a classificação para a semifinal no Paraguai.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 0 X 0 OLIMPIA
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 22 de maio de 2013 (quarta-feira)
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai)
Assistentes: Mauricio Espinosa (Uruguai) e Carlos Changala (Uruguai)
Cartões amarelos: Bruno, Jean, Edinho e Carlinhos (Fluminense); Manzur, Eduardo Aranda e Ortíz (Olimpia)
Cartão vermelho: Eduardo Aranda (Olimpia)
FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Bruno (Rafael Sobis), Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho (Samuel), Jean e Wágner (Felipe); Wellington Nem, Rhayner e Fred
Técnico: Abel Braga
OLIMPIA: Martín Silva; Manzur, Herminio Miranda e Candia; Giménez (Henrnan Pérez), Jorge Báez (Ariosa), Ortíz, Eduardo Aranda e Salinas; Salgueiro (Castorino) e Freddy Bareiro
Técnico: Ever Almeida

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