quinta-feira, 5 de junho de 2014

Deputados do RJ se atacam com xingamentos e briga vai parar em delegacia

Deputada registrou o caso na Delegacia de Atendimento à Mulher. Foto: Diuvlgação
Um bate-boca com troca de ofensas e xingamentos entre os deputados estaduais Domingos Brazão (PMDB) e Cidinha Campos (PDT), durante reunião dos líderes de partidos, na sede da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), no centro do Rio, virou caso de polícia. O encontro, na tarde de terça-feira (3), era para discutir a revisão do Código de Ética da Alerj.

Cidinha Campos contou que a confusão começou quando a deputada apresentava uma emenda ao novo código, sugerindo que os processos por enriquecimento ilícito investigados pelo Conselho de Ética passassem a levar em conta toda a carreira do parlamentar e não somente aquele mandato, como são as investigações atualmente.
Segundo relato de parlamentares, Brazão ironizou a preocupação da colega com a ética parlamentar com diversos xingamentos e acusações de que ela “está no bolso do Cabral”. A deputada, por sua vez, reagiu às provocações do colega e disse que nunca havia sido presa, como já teria ocorrido com Brazão. Foi quando o deputado do PMDB começou a gritar para a colega do PDT termos como “vagabunda” e “p… velha”, segundo uma parlamentar relatou à reportagem.
“O deputado extrapolou todos os limites do desrespeito em relação à Cidinha”.
Cidinha Campos disse que se sentiu profundamente constrangida.
“Tenho 71 anos e 24 de carreira política e nunca fui tão desrespeitada como mulher, mãe e idosa, que sou.”
Cidinha registrou ocorrência contra Brazão na noite de terça, na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) do centro da cidade por ameaça e injúria. De acordo com a Polícia Civil, o caso será encaminhado à Corregedoria da Alerj e à presidência do órgão, tendo em vista que os envolvidos têm foro privilegiado.
O deputado Domingos Brazão informou que entrou com uma representação no Conselho de Ética da Alerj contra Cidinha Campos por calúnia e difamação, já que a parlamentar, segundo Brazão, o teria acusado de ser assassino durante a confusão. Brazão disse ainda que Cidinha se referia à morte de um homem, há mais de 30 anos, que invadiu a casa de sua família. O deputado afirmou tê-lo matado em legítima defesa para proteger seus pais. O caso, de acordo com Brazão, já teria sido encerrado pela Justiça com sua absolvição.
Sobre os palavrões utilizados para ofender Cidinha, Brazão reconheceu que houve excessos de ambas as partes. No entanto, ele afirma que foi provocado pela colega. Segundo ele, a deputada possui histórico extenso de ofensas a outros parlamentares. Ele salienta que isso ocorreu devido à aproximação das eleições.
“Essa mulher quer denegrir a minha imagem. Infelizmente, caí no laço do passarinheiro. Preciso orar mais para me proteger dessas provocações”.
Fonte: Jornal de Hoje/R7

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