sexta-feira, 13 de abril de 2012

País terá 95 hospitais para aborto de anencéfalos ainda em 2012, diz Saúde

 

Brasil possui atualmente 65 unidades e até dezembro contará com mais 30.
STF legalizou nesta quinta interrupção da gravidez para fetos sem cérebro.

 

O Brasil possui atualmente 65 hospitais da rede pública que estão qualificados para realizar aborto de fetos anencéfalos, de acordo com o Ministério da Saúde. Ainda segundo o governo, até o final do ano serão mais 30 unidades, totalizando 95 locais pelo país.
Os locais não são divulgados devido ao temor de represálias às pacientes e à equipe médica que realiza o procedimento. A informação é repassada à gestante durante atendimento na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Número de hospitais que realizam interrupção de gravidez de anencéfalos por estado
Acre2
Alagoas1
Amazonas3
Amapá1
Bahia1
Ceará9
Distrito Federal1
Espírito Santo1
Goiás1
Maranhão4
Minas Gerais5
Mato Grosso3
Mato Grosso do Sul1
Pará2
Paraná*0
Paraíba1
Pernambuco5
Piauí2
Rio de Janeiro1
Rondônia2
Rio Grande do Sul4
Rio Grande do Norte1
Roraima*0
Santa Catarina1
Sergipe1
São Paulo11
Tocantins1
*De acordo com o Ministério da Saúde, Roraima e Paraná terão unidades credenciadas até o fim do ano
Esses hospitais, que já realizavam interrupções de gravidez em casos de estupro e risco à vida da mãe, passarão também a receber grávidas de fetos sem cérebro que optaram pelo aborto com assistência médica.
Nesta quinta-feira (12), o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou a interrupção da gravidez nesses casos. Após dois dias de debates, os ministros definiram que o aborto em caso de anencefalia não é crime por 8 votos a 2.
A decisão passa a valer após a publicação no "Diário de Justiça". Para a maioria do plenário do STF, obrigar a mulher manter a gravidez diante do diagnóstico de anencefalia implica em risco à saúde física e psicológica. Aliado ao sofrimento da gestante, o principal argumento para permitir a interrupção da gestação nesses casos foi a impossibilidade de sobrevida do feto fora do útero.
Unidades
De acordo com o governo federal, o estado de São Paulo é o que mais concentra unidades de atendimento atualmente (11, sendo quatro na capital paulista), seguido do Ceará (9), Minas Gerais e Pernambuco (5 hospitais em cada).
Os dois únicos estados sem hospitais autorizados a fazer interrupções de gravidez pelo SUS são Roraima e Paraná, mas o Ministério afirma que eles serão contemplados até o fim do ano (confira a tabela).


Fonte: G1
Por Márcio Melo

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