A quadrilha Amanhecer no Sertão, do conjunto Benedito Bentes, em Maceió, foi a grande campeã do concurso "Forró & Folia" em 2013. A final aconteceu na noite de quarta-feira (26), e a representante de Alagoas no concurso regional, em Pernambuco, foi conhecida após as apresentações das cinco melhores, escolhidas durante a semana.
A primeira da noite a se apresentar foi a Amor Junino, do bairro do Vergel. Ela trouxe ao tablado, montado no Jaraguá, o criativo universo das marionetes, contando a história de bonecos que ganham vida quando o artesão vai dormir. A caracterização e a maquiagem dos dançarinos ajudaram a criar um ambiente especial. O grupo apostou na tradição, mas também inovou com um jogo coreográfico feito com elásticos.
Em seguida, foi a vez da Dona Dadá, do bairro de Pajuçara. Contando com o tema “São 365 dias de festejos juninos, onde o excesso e o escasso são entrançados com laços que não desembaraçam”, a apresentação começou bem caipira, com figurinos quadriculados e chapéu de palha. Depois, ainda no clima junino, o grupo celebrou o carnaval, e terminou com uma grande homenagem às festas juninas, para lembrar que elas acontecem o ano todo. Teve até banda tocando ao vivo.
Já a Luar do Sertão, do bairro do Prado, apostou no amor como tema de sua apresentação. O grupo encheu o tablado de corações e a plateia de romantismo, com direito a uma megaestrutura. Aos poucos, todo o vermelho nas roupas dos dançarinos foi trocado pelo branco dos vestidos de noiva e pelo preto dos noivos. Até a banda se vestiu de gala. Teve até violino, jogada de buquê e brinde com champanhe.
A quarta quadrilha a se apresentar foi a Canarraiá, de Arapiraca. Logo no começo da dança, a noiva desmaia, e os dançarinos ao seu redor decidem dançar para animá-la. Ela só acorda, porém, após o beijo de seu amado. O casamento dos dois é marcado pela cor vermelha, representando a paixão. Os noivos até tocam zabumba. A rainha do milho se exibe com graça, e o grupo se despede seguindo as batidas de um coração apaixonado.
Por último, a quadrilha Amanhecer no Sertão trouxe ao tablado uma homenagem ao trabalho de artesãos, como mestre Vitalino. O marcador da dança era o oleiro, que dá forma à argila. E os dançarinos, vestidos e maquiados, eram os bonecos de barro. Para serem esculpidos, precisaram de água, uma criação feita em conjunto. Depois de prontos, uma aquarela gigante no cenário ajudou a pintar as peças, que ganharam cores fortes e bonitas, para fazerem a festa.
Vencedora escolhida em sorteio
O corpo de jurados da grande final foi diferente. Foram cinco pessoas que avaliaram coreografia, figurino, originalidade, marcador e o casamento. Cada quadrilha teve entre 25 e 30 minutos para mostrar sua arte. Se fizessem mais ou menos do que isso, perdiam pontos.
Após o fim das apresentações, os jurados se reuniram para somar a pontuação das quadrilhas. Para a surpresa de todos, houve um empate no primeiro lugar entre a Luar do Sertão e a Amanhecer. As duas alcançaram a nota máxima. O critério usado para o desempate foi o sorteio, e a Amanhecer levou a melhor e vai representar Alagoas no concurso regional, que acontecerá no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, no próximo dia 29.
Com o resultado do sorteio, a Luar do Sertão ficou em segundo lugar. Em terceiro ficou a Amor Junino, do Vergel, em quarto, a Canarraiá, e em quinto a Dona Dadá.
O resultado final do concurso gerou polêmica nas redes sociais, com algumas pessoas questionando, e até mesmo ironizando, o critério de desempate utilizado pela Liga de Quadrilhas Juninas de Alagoas (Liqal). Um dos usuários disse, “colocar um trabalho de quase 1 ano para ser decidido no papelzinho? Deveria ser disputado na RAÇA!”. Outros ainda criticaram o regulamento do concurso, apontando possíveis mudanças, e o método de contagem de pontos utilizados pelos jurados.
* Márcio Melo via Cidade News Itaú
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