Michael Schumacher sofreu um grave acidente de esqui neste domingo, em Méribel, na França, às 11h07m locais - 8h07m no horário de Brasília. O ex-piloto alemão, sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, teve um trauma ao bater a cabeça em uma pedra, mas não corre risco de morte graças ao capacete que usava no momento do choque. Schumi foi levado de helicóptero ao hospital Moutier, a 17km dali, menos de dez minutos após a queda. Logo depois, foi removido a outro hospital, em Grenoble, para exames mais detalhados. Ainda não se sabe exatamente a gravidade da lesão, mas um relatório dos médicos que atenderam o competidor dá conta de que foi realizada uma ressonância e que o trauma não é tão sério quanto se pensava assim que a rádio francesa "Europe 1" noticiou o acidente.
- Michael caiu e bateu a cabeça quando estava praticando esqui nos Alpes Franceses. Ele foi levado ao hospital e está recebendo atendimento médico profissional. Pedimos a compreensão de que não podemos dar mais informações sobre a sua saúde. Ele estava usando um capacete e não estava sozinho. Ninguém mais estava envolvido na queda - informou a porta-voz do alemão, Sabine Kehm.
Alguns minutos depois do acidente, a única pessoa a se pronunciar oficialmente havia sido o chefe da estação de esqui onde ocorreu a queda, que contou a respeito dos procedimentos de primeiros socorros ao ex-piloto.
- Ele foi levado de helicóptero para um hospital em Grenoble. Agora, realmente não sei a gravidade da lesão. A polícia está agora conduzindo a investigação sobre os motivos da queda. Nós ainda não sabemos se isso aconteceu em uma pista ou fora dela - explicou Christophe Gernignon-Lecomte, chefe da estação de Méribel, logo após o primeiro atendimento.
De acordo com a rádio local "RMC", o heptacampeão foi socorrido consciente. Méribel, nos Alpes Franceses (sudeste do País), comporta mais de 70 pistas de esqui e recebeu em fevereiro de 2013 uma etapa da Copa do Mundo de Esqui Alpino. O local do acidente fica a 1.450m de altitude, subindo até 2.952m em seu ponto mais alto, onde se liga com a região de Les Trois Vallées.
'Viciado em velocidade'
A modalidade é um dos hobbies favoritos de Schumacher desde os tempos em que competia pela Ferrari, equipe que tradicionalmente faz suas apresentações de pré-temporada na estação italiana de Madonna di Campiglio. O ex-piloto, que estava com o filho Mick, de 14 anos, no momento do acidente, declarou certa vez que o esporte era uma das maneiras encontradas por ele para curtir a família, já que passava pouco tempo em casa devido às constantes viagens para disputar os GPs de F-1.
O alemão, que na próxima sexta-feira (dia 3) completará 45 anos, é o piloto mais vitorioso da história da Fórmula 1 em números totais, com 91 vitórias, 155 pódios, 68 poles e 77 voltas mais rápidas. Em 19 temporadas, ele conquistou dois títulos pela Benetton (1994 e 1995) e cinco pela Ferrari (de 2000 a 2004). Após a primeira aposentadoria ao fim de 2006, o piloto retornou à F-1 em 2010 pela Mercedes, mas em três temporadas só subiu ao pódio uma vez, com um terceiro lugar, sendo amplamente batido pelo seu companheiro Nico Rosberg no Mundial de Pilotos.
Como todo piloto de seu nível, Schumacher é considerado um “viciado em velocidade”. Quando se retirou da F-1 ao fim de 2006, às vésperas de completar 38 anos, ele se aventurou em corridas do moto em um torneio alemão de Superbike. Correndo sobre duas rodas, o alemão sofreu três grandes quedas. Uma delas com maior gravidade, causando uma lesão no ombro e no pescoço, o que o impediu de substituir Felipe Massa na Ferrari quando o brasileiro sofreu o acidente nos treinos para o GP da Hungria em 2009.
* Reprodução Márcio Melo
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