Foi uma noite de desagradáveis ineditismos para o Santos. Contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, o time levou três gols pela primeira vez na temporada, teve sua primeira derrota em 2015 e viu seu goleiro Vanderlei falhar como nunca antes com a camisa alvinegra. O tropeço para a Macaca por 3 a 1 também foi o primeiro de Marcelo Fernandes no comando do Peixe. Se vencesse, ele alcaçaria o melhor início de um treinador na história do clube - o recorde ainda é de Flavio Costa, com seis vitórias seguidas em 1938.
O clube da Vila Belmiro também terá de experientar uma sensação nova. A de correr atrás da liderança geral do Paulistão, posto perdido para o rival Corinthians, que agora tem três pontos a mais e melhor saldo de gols - as equipes se enfrentam no dia 5 de abril, um domingo de Páscoa. Já a Ponte ficou mais próxima da classificação, após abrir vantagem para o Osasco Audax, terceiro colocado do Grupo B.
O torcedor alvinegro sabia que uma hora acabaria a sequência excelente, que já durava 14 jogos e quatro meses, mas não imaginava que seria com uma atuação tão ruim. É claro que o time campineiro, que marcou com Biro Biro, Bruno Silva e Rildo tem muitos méritos, mas os visitantes ajudaram. Sem Robinho (na Seleção), nem inspiração para criar, o Peixe cometeu erros na defesa em bolas pelo alto, viu seu goleiro falhar claramente em pelo menos um dos gols e ainda desperdiçou algumas chances na frente. Gabigol, autor do gol de honra, perdeu a principal delas, no primeiro tempo, após driblar o goleiro.
Algumas atuações individuais também se destacaram - negativamente. Foi o caso, por exemplo, de Cicinho, que errou quase tudo e levou cartão vermelho nos acréscimos da partida, Geuvânio, apagadíssimo, e Valencia, também expulso na etapa final. Para piorar, Vanderlei se chocou com Rildo, machucou o nariz e teve de ser substituido, com suspeita de fratura.
O desempenho foi tão abaixo que não é possível nem mesmo reclamar dos erros da arbitragem, que não assinalou impedimento no lance do primeiro gol da Macaca e deixou de dar um pênalti em David Braz.
Sem ter nada a ver com isso, os donos da casa se postaram bem atrás e aproveitaram a velocidade de seus homens da frente. O time sempre comandou as principais ações da partida e não se abateu mesmo quando vencia por 2 a 0 e sofreu o gol.
Ao Santos, só resta comemorar que a derrota veio em um momento "aceitável", antes da fase eliminatória. À Ponte, festa não só pelos três pontos e a classificação encaminhada, mas também por conseguir o que outros 14 times tentaram e não conseguiram: parar o Peixe.
FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA 3 X 1 SANTOS
Data/Hora: 26 de março de 2015, às 21h (de Brasília)
Local: Estáido Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Juiz: Luiz Vanderlei Martinucho (SP)
Auxiliares: Alberto Macedo (SP) e Renata Ruel Xavier de Brito (SP)
Público/Renda: 4.007 pagantes / R$ 131.070,00
Cartões amarelos: Fernando Bob, Jeferson e Rildo (PON); Cicinho, Valencia e Elano (SAN).
Cartão vermelho: Valencia, aos 28'/2ºT e Cicinho, aos 50'/2ºT (SAN)
GOLS: Biro Biro, aos 28'/1ºT (1-0); Bruno Silva, aos 36'/1ºT (2-0); Gabriel, 1'/2ºT (2-1) e Rildo, aos 5'/2ºT (3-1).
PONTE PRETA: João Carlos; Rodinei, Tiago Alves, Pablo e Jeferson; Fernando Bob, Josimar, Bruno Silva e Renato Cajá; Rildo (Roni, aos 33'/2ºT) e Biro Biro (Thomás, aos 43'/2ºT). Técnico: Guto Ferreira.
SANTOS: Vanderlei (Vladimir, aos 14'/2ºT); Cicinho, Werley, David BRaz e Victor Ferraz; Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Gabriel (Elano, aos 30'/2ºT) e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.
* MSN
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