O governo anuncia nesta terça-feira pacote de estímulo a 14 setores industriais com medidas que vão passam por desoneração da folha de pagamento, facilitação de crédito, estímulo ao consumo, desburocratização e defesa comercial.
O esforço tem como objetivo incentivar a recuperação da indústria, que tem apresentado desempenho ruim e impedindo um crescimento econômico mais vigoroso. Em 2011, por exemplo, o setor apresentou crescimento de 1,6%, diante da expansão de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, projeta crescimento da economia em 4,5% em 2012 e, para chegar a esse resultado, precisa de uma reação positiva do setor industrial.
Veja abaixo as ações que devem ser anunciadas e as que já foram tomadas pelo governo federal.
Novo pacote
Setores beneficiados: indústria têxtil; indústria moveleira; fabricantes de máquinas e equipamentos; agroindústria; fabricantes de aeronaves; de navios; de ônibus; indústria de eletroeletrônico; fabricantes de auto-peças; indústria de artefatos plásticos; empresas de energia elétrica; petrolíferas; automotivo; e de telecomunicações;
. Haverá desoneração da folha de pagamentos para pelo menos 11 setores, que deixarão de pagar uma alíquota de 20% para arcar uma nova alíquota, provavelmente, de 1% sobre o faturamento bruto;
. Isenção da folha de pagamento sobre a receita das empresas obtida com exportação;
. Ações de defesa comercial para proteger, sobretudo, setores têxtil e elétrico-eletrônico, com imposição de sobretaxa para produtos importados e redução de alíquota de Cofins para os similares produzidos no Brasil.
. O setor automotivo deve ser contemplado com o anúncio da redução progressiva do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para fabricantes que comprovarem investimento em ciência e tecnologia, inclusão de peças nacionais. Conforme já divulgado, carros mais econômicos e com menor índice de emissão de gases poluentes terão mais benefícios fiscais.
. Os empresários esperam que também sejam anunciados melhores condições para os Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC) e melhora dos financiamentos oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também esperam maior acesso às devoluções de créditos tributários devidos pela Receita Federal.
. Serão instaladas 19 câmaras de competitividade entre os setores estão: Complexo da Saúde; Bens de capital; Mineração; Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos; Química; Papel e celulose, Energias renováveis; Construção civil; Serviços; Logística; Agroindústria; Petróleo, Gás e Naval; Automotivo; Defesa, aeronáutica e espacial; Comércio; Serviços Logísticos; e Complexo eltroeletrônico.
Fonte: Uol
Por Márcio Melo
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