quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pior Ideb do país, Alagoas atrasa ano letivo e tenta mudar educação pública

 


Mapa Alagoas educação (Foto: Editoria de Arte/G1)
O atraso no ano letivo é apenas um dos problemas que o estado enfrenta com a educação. Alagoas ainda sente o golpe recebido há dois anos, quando a rede pública de ensino do estado recebeu a pior colocação na última divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Brasil, obtido com base em dados avaliados em 2009.
A taxa de evasão escolar chegou a 25%, mais da metade dos alunos do ensino médio não estudam na série ideal de acordo com sua idade, e o governo encontrou um déficit de 2 mil professores para dar aulas na rede pública.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, são 8.412 professores efetivos no estado, o resto do corpo docente é formado por mais de 2 mil monitores (professores temporários) para suprir a carência no quadro de educadores. De acordo com o governo, o piso salarial dos professores em regime de 40 horas semanais é de R$ 1.187.
Para piorar, a estrutura de muitas escolas começou literalmente a ruir. Em agosto, o teto da Escola Estadual Rosalvo Lôbo, que fica no bairro de Jatiúca, em Maceió (AL), desabou, com sua estrutura comprometida por ação de cupins. Ninguém se feriu porque as aulas tinham sido suspensas depois que uma aluna e um vigia foram baleados por um rapaz que entrou atirando na escola. O segurança morreu.
Educação em Alagoas (Foto: Vanessa Fajardo/G1) 
Escola Estadual Rosalvo Lôbo, em Maceió, está sem teto porque nove das 17 salas estão em reforma depois que madeiramento do teto foi comprometido e parte dele desabou (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
 
Em Paripueira, no litoral norte do estado, o teto da Escola Estadual Julieta Ramos também esteve prestes a cair. A reforma não ficou pronta a tempo e os alunos foram transferidos para contêineres instalados de maneira improvisada em um clube da cidade.
VEJA O IDEB DA REDE PUBLICA NO PAÍS

Ensino Fundamental Ensino médio (*)
Estado 5º ano 9º ano 3º ano
Acre 4,2 4,1 3,5
ALAGOAS 3,4 2,7 3,1
Amapá 3,8 3,6 3,1
Amazonas 3,8 3,4 3,3
Bahia 3,5 2,9 3,3
Ceará 4,1 3,6 3,6
Distrito Federal 5,4 3,9 3,8
Espírito Santo 4,8 3,8 3,8
Goiás 4,7 3,7 3,4
Maranhão 3,7 3,4 3,2
Mato Grosso 4,8 4,2 3,2
Mato Grosso do Sul 4,5 3,9 3,8
Minas Gerais 5,5 4,1 3,9
Pará 3,6 3,4 3,1
Paraíba 3,6 2,9 3,4
Paraná 5,3 4,1 4,2
Pernambuco 3,7 3,0 3,3
Piauí 3,8 3,5 3,0
Rio de Janeiro 4,4 3,4 3,3
Rio Grande do Norte 3,5 2,9 3,1
Rio Grande do Sul 4,7 3,9 3,9
Rondônia 4,3 3,5 3,7
Roraima 4,2 3,7 3,4
Santa Catarina 5,1 4,3 4,1
São Paulo 5,3 4,3 3,9
Sergipe 3,4 2,8 3,2
Tocantins 4,4 3,9 3,4
(*) O Inep divulgou apenas o ensino médio geral do estado, incluindo as escolas particulares   
 







Fonte: Ministério da Saúde
Por márcio Melo

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