Muhammad Shattah, 62, ex-ministro das Finanças do Líbano, foi morto na manhã desta sexta-feira durante um atentado a bomba na capital, Beirute. Ele era, também, assessor do ex-premiê Saad al-Hariri.
A explosão de um carro-bomba deixou ao menos cinco mortos, incluindo o político, de acordo com informações preliminares de fontes de segurança. Outras 74 pessoas foram feridas.
Shattah estava a caminho de uma reunião quando foi atingido pelo ataque, por volta das 9h30 locais (5h30 em Brasília). Horas antes, ele havia publicado mensagens na rede social Twitter contra o grupo xiita Hizbullah.
O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, acusou o Hizbullah de ter feito o ataque. "Enquanto nós estamos preocupados, os responsáveis são os mesmos que escapam da Justiça internacional e os que propagam o incêndio regional da nação".
Em comunicado, o Hizbullah negou qualquer envolvimento na ação e afirmou que o atentado "é destinado a sabotar a estabilidade e a unidade nacional e só beneficia os inimigos do Líbano".
O atentado desta manhã ocorreu a centenas de metros da sede do governo e do edifício do Parlamento do Líbano, em um incidente que deve ter repercussões políticas nas próximas horas.
Beirute tem sido alvo de ataques terroristas durante os últimos meses, em especial desde que o Hizbullah enviou guerreiros à vizinha Síria para lutar ao lado das forças do regime do ditador Bashar al-Assad.
O partido enfrenta forte oposição da ala sunita na região. Em novembro, atentados a bomba atingiram a embaixada iraniana no Líbano.
* Reprodução Márcio Melo
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