Belo Horizonte – Sem oxigênio, não há vida. E isso ninguém questiona. Mas o ar que respiramos também pode ser terapêutico. Está nas câmaras hiperbáricas — um equipamento totalmente fechado em que é possível insuflar oxigênio puro e atingir uma pressão acima da ambiente — a esperança de tratamento para uma série de doenças, como o pé diabético. Estudos científicos já indicaram que até 85% das amputações em decorrência dessa complicação foram precedidas por úlceras que poderiam ter sido tratadas com a oxigenoterapia hiperbárica, ainda não disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
O tratamento consiste na inalação de oxigênio a 100%, a uma pressão no mínimo duas vezes e meia maior que a atmosférica. Segundo a enfermeira Carla Teixeira Silva, mestre em ciências da enfermagem com ênfase em oxigenoterapia hiperbárica pela Universidade do Porto (Portugal), essas condições só podem ser atingidas dentro das câmaras, onde os pacientes realizam de 15 a 40 sessões, dependendo da gravidade do caso e da resposta. A pessoa submetida ao tratamento fica no local em repouso, respirando normalmente, enquanto oxigênio em grande quantidade vai se dissolvendo no sangue dela até chegar aos locais menos oxigenados.
* Reprodução Márcio Melo via Robson Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.