São Paulo recusa Rafael Ilha como sócio, e cantor irá processar o clube
O São Paulo oficializou a recusa ao cantor e repórter Rafael Ilha, ex-Polegar, para se tornar sócio do clube. O escritório de advocacia que defende Ilha informou ao UOL Esporte que irá entrar com um processo contra o clube por danos morais.
"Informamos que o pedido de admissão do Sr. Rafael Ilha A. Pereira ao quadro associativo do SPFC foi recusado", explicou o departamento jurídico do São Paulo em trecho da resposta do clube à notificação extrajudicial enviada pelos advogados William Amanajas e José Beraldo, que cuidam do caso. O documento ao qual o UOL Esporte teve acesso não é assinado nominalmente.
Rafael Ilha tomou a decisão de entrar com uma notificação extrajudicial contra o São Paulo por não conseguir resolver o problema de uma maneira amigável. O cantor fez um desabafo no Facebook e, após isso, foi chamado para duas reuniões na sede social do Tricolor, que foram canceladas horas antes do previsto.
Rafael Ilha quer reativar o título de sócio da família e transferir do nome da sua mãe para o seu, mas teve o pedido negado pela comissão de aprovação do São Paulo. O clube reiterou o veto em resposta à notificação extrajudicial feita pelos advogados do cantor, que entrará com uma ação indenizatória por danos morais.
Ele se diz são-paulino fanático e alega ter sofrido discriminação devido ao veto do São Paulo ao seu pedido para se tornar sócio. "Estava no shopping center e dois caras, dando risada, falaram: olha o Rafael, que foi proibido de entrar no São Paulo. Aí Rafael, já conseguiu entrar? É o tipo de piadinha que tenho que escutar, pois quis pagar o débito que tinha com eles, e eles não aceitaram enquanto eu não for liberado pelos conselheiros e a diretoria", explicou recentemente ao UOL Esporte.
A reportagem entrou em contato com o diretor jurídico do São Paulo, Kalil Rocha Abdalla, que se limitou a dizer: "Isso deveria ter passado por mim, mas não passou".
Duas pessoas ligadas ao São Paulo que tiveram conhecimento do caso explicaram que no clube, assim como em vários outros do Brasil, existe uma comissão que avalia todos os pedidos para se tornar sócio, e leva em consideração alguns fatores, como antecedentes criminais – Rafael Ilha foi preso em 2008, por tentativa de sequestro. A decisão de aprovação ou veto cabe apenas a esta comissão.
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