quarta-feira, 27 de maio de 2015

Operação na Suíça prende José Maria Marin e mais seis executivos da Fifa

De acordo com a agência inglesa BBC, o dirigente brasileiro está entre os detidos na Suíça e será extraditado para os Estados Unidos, onde os acusados responderão ao processo.

A dois dias da eleição para a presidência, a Fifa sofreu um duro golpe. Na madrugada desta quarta-feira, horário brasileiro, uma operação especial das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu executivos importantes da entidade sob a acusação de corrupção. O grupo dos detidos será extraditado para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação sobre o assunto na federação mais importante do futebol mundial.

De acordo com informações publicadas pelo jornal NY Times, mais de uma dúzia de policiais suíços à paisana chegaram sem aviso prévio ao Baur au Lac Hotel, local no qual executivos se hospedavam para o congresso anual da organização, marcado para os dias 28 e 29 de maio, e renderam os acusados de corrupção em ação pacífica, sem menor resistência dos envolvidos.
Relatos do jornal afirmam que Eduardo Li, oficial da Fifa costarriquenho, foi conduzido pelas autoridades para uma porta lateral do hotel. A agência AP diz que seis executivos acabaram detidos na operação desta quarta-feira, segundo informações divulgadas por autoridades suíças. O nome de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, também aparece entre os investigados segundo o NY Times; a BBC informa que o dirigente foi preso e será deportado para os Estados Unidos.
Segundo a reportagem do NY Times, as acusações abordam duas décadas de corrupção na entidade máxima do futebol mundial, incluindo eleições para definir sedes de Copa do Mundo, além de contratos de marketing e transmissão dos jogos da principal competição da modalidade.
A polêmica eleição do Qatar para receber o Mundial de 2022 centra as investigações, de acordo com a ABC, pleito no qual os Estados Unidos buscavam o direito de receber o torneio - portanto, o cerne da investigação levará os acusados para o país. Os detidos também são acusados de fraudes eletrônicas, extorsão e lavagem de dinheiro, segundo três autoridades envolvidas nas investigações.
As mesmas fontes revelaram que a investigação envolve pelo menos mais de dez nomes da alta cúpula da Fifa.
Além de Eduardo Li, um dos únicos presos em Zurique, nomes importantes como Jeffrey Webb das Ilhas Cayman, vice-presidente da comissão executiva e mandatário máximo da Concacaf; Eugenio Figueredo, uruguaio, ex-presidente da Conmebol; e Jack Warner, de Trinidad e Tobago, um ex-membro do comitê executivo acusado de numerosas violações éticas, também serão detidos para investigação.
A ação policial desta manhã de quarta-feira na Suíça terá um grande efeito nos próximos dias da entidade, que marcou para esta sexta-feira a eleição de um novo presidente. Novo, em teoria. Joseph Blatter, no comando da Fifa desde 1998, surgia como o grande favorito para mais um mandato; o suíço possuía apenas a concorrência de Ali bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia.
O ex-jogador português Luís Figo, que fez história com a seleção do país e as camisas de Real Madrid e Barcelona, também aparecia como candidato até a semana passada. Entretanto, o antigo atleta desistiu do pleito e acusou a Fifa de ser gerida como uma 'ditadura'. O dirigente holandês Michael Van Praag também lançou campanha, mas também se retirou.
* MSN

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