Uma assistente social e uma psicóloga foram exoneradas dos cargos públicos em Macau, na região da Costa Branca potiguar, após a prefeitura do município descobrir que elas tomaram uma “terceira dose” de vacina contra a Covid-19 indevidamente.
Segundo a Secretaria de Saúde do município, as duas servidoras já tinham completado o esquema vacinal com duas doses de Coronavac em outras cidades do estado, mas foram a um ponto de vacinação de Macau no início do mês e tomaram a vacina da Janssen, que é de dose única.
A situação só foi descoberta quando os servidores foram cadastrar a imunização delas no sistema RN Mais Vacina – um sistema integrado, gerido pelo governo do estado e pela UFRN, e usado por todos os municípios do estado para registro da vacinação.
Segundo a prefeitura, os casos são considerados isolados porque as duas servidoras não compareceram juntas à unidade.
No dia 7 de julho, o município estava vacinando pessoas com 39 anos ou mais, além de lactantes, gestantes, industriários, caminhoneiros e motoristas do transporte público e privado.
As duas profissionais já tinham se vacinado nos municípios de Guamaré e Pendências, mas foram a um local de vacinação de Macau e entraram na fila, justificando que moravam e trabalhavam no município. Na ocasião, elas não teriam apresentado a carteira de vacinação com as vacinas anteriores.
De acordo com o município, a unidade de saúde que elas procuraram não era informatizada, por isso a consulta ao sistema não pôde ser feita na hora da vacinação. As equipes só descobriram o problema posteriormente, quando foi cadastrá-las.
A assistente social ocupava um cargo comissionado no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e foi exonerada. Já a psicóloga tinha um vínculo firmado com o município através de contrato e foi demitida.
“Depois de constatado o ato indevido, a Prefeitura de Macau realizou o desligamento das duas profissionais, haja vista que prestavam serviços ao município. Ao mesmo tempo, a Secretaria Municipal de Saúde comunicou a 3ª Unidade Regional de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (3ª URSAP) e ao Ministério Público do Rio Grande do Norte para deflagrar a apuração do ocorrido, por não compactuar com atitudes que coloquem em risco ou ameacem a transparência e o zelo da gestão com o serviço público de saúde”, informou o município por meio de nota.
G1 RN
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