quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Casal alvo de 25 tiros da PM será indenizado: 'É bem menos do que pedi'

Turista italiano Innocenzo Brancatti e a mulher  (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)O turista italiano Innocenzo Brancatti baleado por policiais militares ao ser confundido com assaltante, em Fortaleza, disse não estar satisfeito com o valor da indenização estabelecida pela Justiça do Ceará, de aproximadamente R$ 632 mil, e vai recorrer. 
“Comparando com os valores que a gente vinha pedindo, este é bem menos. Seguramente vamos apelar”, disse Brancatti por telefone ao G1. O advogado de Brancatti, Paulo Quezado, disse que vai solicitar três vezes o valor na apelação.
Ele e a esposa foram baleados em 26 de setembro de 2007. A Toyota Hilux preta ocupada por eles e um casal de amigos espanhóis foi confundida com um veículo usado por bandidos que haviam roubado um caixa eletrônico. O veículo dos turistas foi atingido por 25 disparos na Avenida Raul Barbosa.
Brancatti, que conduzia o veículo, teve o antebraço fraturado por dois disparos. A mulher dele, a brasileira Denise Campos, teve escoriações no joelho direito. O casal de amigos espanhóis tinha acabado de desembarcar em Fortaleza e também foi baleado. O espanhol teve a coluna cervical atingida e ficou paraplégico; a esposa saiu ilesa.
Na noite de quinta-feira (25), o juiz Paulo de Tarso Pires Nogueira, da 6ª Vara da Fazenda Pública, decidiu favoravelmente ao pedido de indenização do casal, mas o valor foi menor do que o esperado: R$ 173,6 mil e mais 153 mil euros.
Hilux recebeu 25 disparos (Foto: Thiago Gaspar/Agência Diário)
Hilux recebeu 25 disparos
(Foto: Thiago Gaspar/Agência Diário)
Amigo espanhol
Brancatti e a esposa esperam a decisão da Justiça há seis anos. Ele disse estar também surpreso com a demora no andamento do processo do casal de amigos espanhóis que estava na caminhonete com eles no dia do incidente.

“Ele [Marcelino] está triste porque depois de vários anos ainda não teve nenhuma audiência de seu processo. São dois processos diferentes, o meu e o dele. Ele está em cadeira de rodas, é irreversível. Ele teve de se aposentar, era piloto de avião”, conta, afirmando ainda que o amigo estranha a “lentidão”.
* Reprodução Márcio Melo

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