Agentes de endemias cobram melhores condições de trabalho

Agentes de endemias cobram melhores condições de trabalho

Agentes de endemias de Mossoró participam de assembleia 

hoje, às 9h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Mossoró (Sindsaúde), para dar continuidade às reivindicações para valorizar e melhorar as condições de trabalho da categoria.

Os servidores reivindicam Equipamento de Proteção Individual (EPIs), reajuste de gratificações e convocação dos concursados para motivar os agentes e reforçar o quadro de pessoal, a fim de tornar mais eficiente o combate ao mosquito Aedes aegypti (vetor da dengue.)

Segundo o diretor do Sindsaúde em Mossoró, João Morais, o combate à dengue está sendo feito de forma ineficiente devido à insuficiência de agentes. São 51 agentes em campo, o que corresponde apenas a 30% da quantidade prevista na Lei 922, aprovada em Mossoró em 2006.

Conforme a lei, deveria haver 170 agentes de endemias em campo, mas o trabalho só conta 51 profissionais. "Assim, o combate à dengue em Mossoró não passa de uma maquiagem e está servindo unicamente para superexplorar os trabalhadores. Isso é um descaso", critica João Morais.

Com isso, segundo ele, 59 áreas em Mossoró estão descobertas do combate à dengue, cada uma tem entre 800 e mil imóveis. Segundo o sindicalista, a sobrecarga de trabalho tem exigido esforço muito grande dos agentes, que estão trabalhando na forma de arrastão na tentativa de não deixar a população desprotegida. "Mas os próprios trabalhadores reconhecem que a quantidade de agentes é insuficiente", lamenta.

João Morais acrescenta que isso se confirma no preocupante quadro de dengue em Mossoró nos últimos anos. Ele reclama que, além disso, os agentes fazem todo esse trabalho recebendo apenas um salário mínimo, e para piorar o cenário, a Prefeitura diz não ter previsão de convocação dos 60 concursados.

Na assembleia de hoje, os agentes serão informados do teor de recente audiência do sindicato com a secretária de Cidadania, Jaqueline Amaral, e o gerente de Saúde, Benjamim Bento.

Fonte: O Mossoroense