quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pai e madrasta são suspeitos de 
agredir menino de 2 anos até a morte

Criança foi levada para hospital com traumatismo craniano e várias lesões pelo corpo
O pai e a madrasta de Weslei Fernandes de Araújo, de 2 anos, são suspeitos de torturar a criança até a morte na madrugada de terça-feira (17). 
A suspeita sobre o crime do casal surgiu quando ela ligou para uma vizinha e disse que o menino estava desacordado, pois teria caído da cama na casa da família, na rua Aurora, na comunidade Rio das Pedras, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. 
Vizinhos foram até a casa e ajudaram a levaram Weslei para o Hospital Cardoso Fontes, no mesmo bairro. 

A médica de plantão questionou a versão dos pais porque a criança chegou à unidade com traumatismo craniano, vários dentes quebrados, lesões internas por todo corpo e fratura na perna. O menino chegou a ficar em coma na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), mas não resistiu. A médica chamou a polícia. 
Os dois foram presos em flagrante e vão responder por tortura com resultado de morte e a pena pode chegar a 21 anos de prisão para cada um.
De acordo com a polícia, a madrasta do menino jogou a culpa no marido durante depoimento na Delegacia de Jacarepaguá (32ª DP). Ela disse que ele é usuário de drogas. Já o homem teria dito que só batia no filho para o “corrigir”.
O delegado que investiga o caso ouviu nove testemunhas e diz não ter dúvidas de que os dois são os autores do crime.
A criança estava há seis meses com o pai. Antes ela morava em Vitória, no Espírito Santo.

Denúncias de tortura em creche
A creche clandestina que funcionava há cerca de 15 anos em uma casa, em São José de Imbassaí, distrito de Maricá, na região dos Lagos, é alvo de novas denúncias. A secretária Catelini Santana, de 29 anos, tirou os gêmeos Cauã e Cauê do local no ano passado. Ela diz que a casa servia comida estragada e que seus filhos teriam sido maltratados durante o período que frequentaram o lugar.
— Os meus dois filhos ficaram lá durante três meses. Uma vez, ela [dona da creche] pegou um deles pelo pescoço, como se ele fosse um bicho. Além disso, ela dava comida estragada para eles.


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