sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Produtores protestam contra atraso na entrega de milho

Cedida

Encontro dos produtores rurais do Médio Oeste acontece na sede da Conab em Umarizal
Realizado ontem em Umarizal, um protesto contra o atraso na chegada do milho aos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). 
A mobilização que ocorreu na sede da Conab local reuniu dezenas de pessoas representando inúmeros segmentos da sociedade civil organizada. De acordo com Rogério Fernando Martinelli, que participou do encontro, a reunião de ontem teve como principal objetivo discutir a situação caótica do setor agropecuário e encontrar soluções que viabilizem o acesso dos produtores da região ao programa Venda de Balcão. “Nesse momento, discutimos principalmente a venda de milho destinado a produtores rurais cadastrados na base da Conab e conforme normativas vigentes teriam o direito a acessar o produto ao preço subsidiado pelo Governo Federal e, no entanto, a região de Umarizal, que reúne 42 municípios assistidos, não tem recebido o produto de forma regular, como deveria”, disse.
Para agravar ainda mais a situação, os produtores alegam que a Conab de Umarizal não possui estrutura suficiente para atender aos municípios de sua competência; o número de profissionais é insuficiente, a quantidade de equipamentos é inadequada e até as instalações elétricas do local são inapropriadas.
Na ocasião da reunião, diversas manifestações, algumas posições exaltadas e acaloradas foram verificadas e o quadro recorrente tende a permanecer. Nenhuma nova informação foi socializada e a situação do rebanho da região que vem sendo reduzido com o agravamento da situação e dependendo das ações do poder público.
Atualmente, a Conab chegou a atender o equivalente a 22 municípios da região, sendo que 20 não conseguiram receber até agora nenhuma saca do produto, sem mencionar que os municípios atendidos retiraram a metade do que teriam direito.
Existe atualmente a quantidade de 1.050 sacas acondicionadas nos galpões da Conab de Umarizal, que não serão distribuídas enquanto a margem mínima de estoque deveria ser de 25.000 sacas.
Produtores alegam vivenciar maior crise do setorOs produtores revelam vivenciar um momento desesperador, com o que eles afirmam ser a pior seca dos últimos anos. 
Eles alegam que a maioria dos agricultores e criadores não possuem mais condições e estruturas para gerirem o caos instalado no oeste potiguar. As suas lamentações e anseios são justificados pela constatação da mortandade dos animais que estão sendo registrados na região. 
“Necessitamos de ações concretas, de soluções plausíveis e encaminhamentos que resultem em soluções”, destacaram os participantes através da assessoria do movimento. Diante da situação, mais de 30 participantes assinaram um manifesto que visa fazer com que a população tome conhecimento sobre a real situação do setor agropecuário nas regiões do Médio Oeste potiguar.

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