Um homem que se identifica como Junior de França está utilizando os nomes da Rede Record e do Portal R7 para se passar por funcionário das empresas, tentar aplicar golpes e também para ameaçar modelos e atrizes no Estado de São Paulo.
Dono de uma microempresa registrada como Absolute Eventos, Junior de França é, na verdade, Agnaldo Santos Pereira Junior. Ele tem 27 anos e vive no bairro do Jaraguá, zona oeste de São Paulo.
Um dos artifícios de Pereira Junior para se apresentar falsamente como funcionário da Record e do R7 é utilizar o e-mailjunior.redacao@r7.com, com a assinatura “Junior de França – Produtor de Reportagem”, dois números de telefones celulares e a logomarca da Record. Outro e-mail utilizado por Pereira Junior éabsolute.faleconosco2@gmail.com.
Em ao menos duas situações recentes, Pereira Junior utilizou o e-mail para escrever às assessorias de imprensa de uma cervejaria e de um shopping center e fazer pedidos não autorizados em nome da Rede Record.
No caso da cervejaria, em 7 de julho, Pereira Junior queria receber informações sobre a produção da cerveja; já no caso do shopping center, o falsário cobrava um posicionamento da direção do centro comercial sobre a equipe de segurança do lugar. Pereira Junior afirmou que havia tido uma discussão com um segurança, no sábado (25) e exigia providências.
Ameaça contra modelo
A modelo e ringue girl Alane Pereira, musa do clube de futebol América, de Natal, Rio Grande do Norte, foi uma das mulheres ameaçadas por Pereira Junior.
Em áudios de conversas telefônicas entre Alane e Pereira Junior, obtidos pela reportagem, o falsário disse para a modelo que queria fazer sexo com ela e que, caso não aceitasse, seria prejudicada “pela equipe de marketing dele”.
“Alane, você toma cuidado, toma cuidado! Cara, se você tivesse amor na tua vida, cara, você não me desafiaria. Eu sou louco quando eu quero. Você toma cuidado! É sério. Você não sabe quem eu sou e com quem eu ando, Alane”, disse Pereira Junior à modelo, por telefone. “Para mim, você é merda! Para mim, seu corpo só serve para ser utilizado mesmo para transar. Não tem outra utilidade”, continuou o falsário.
Falso sequestro
Em 5 de julho de 2014, Pereira Junior ligou para a Polícia Militar de São Paulo e disse ter sido vítima de um sequestro-relâmpago, na avenida Francisco Matarazzo, quando saía de uma boate. À época, tanto a PM quanto a Polícia Civil não conseguiram uma única pista sobre o crime que Pereira Junior disse ter sofrido.
O próprio falsário, naquela noite de julho, ligou para a redação da Record para contar o crime que teria sofrido. Ao apurar as informações de Pereira Junior, os repórteres falaram com a mãe dele, que o desmentiu e disse que o filho não havia sofrido nenhum crime. Pereira Junior também não quis registrar o suposto sequestro na polícia.
Outro lado
Procurado pela reportagem da Record nesta segunda-feira, Pereira Junior disse, em um primeiro momento, “que essa situação poderia até acabar em morte”.
Em uma segunda ligação, ele admitiu ter feito os contatos em nome da Record e do R7, mas que não irá mais utilizar os e-mails com a logomarca das empresas. Pereira Junior não quis conceder entrevista sobre os motivos que o levaram a usar falsamente o nome das empresas.
Sobre as ameaças contra a modelo Alane, Pereira Junior disse que “estava de cabeça quente” e, por isso, “falou besteira”.
* Do Portal R7
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