CÂMARA REJEITA DESTAQUES E APROVA MP DA CONTA DE LUZ
A
Câmara concluiu nesta terça-feira (18) a análise da Medida Provisória
579/12, que deve resultar em uma redução nas contas de luz. Os deputados
rejeitaram dois destaques apresentados por parlamentares da oposição
que causaram discussões quentes no plenário. Na semana passada, a
votação foi adiada por causa da discordância governista em isentar a
energia elétrica de tributos federais. Proposta agora segue para votação
do Senado.
O primeiro destaque rejeitado foi o apresentado pelo deputado Arnaldo
Jardim (PPS-SP). Ele pretendia isentar a energia elétrica do PIS/Pasep e
da Cofins. Para integrantes da oposição, a isenção deveria atingir
também o governo federal, não apenas os estaduais. “Votamos sim a esta
emenda, por entender que o retorno da cobrança do PIS/COFINS para o
sistema cumulativo permitiria uma redução maior na tarifa de energia”,
disse o deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR).
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a
emenda causaria prejuízo ao governo federal por propor uma redução de
“maneira genérica” e não apenas para o setor produtivo. “Na verdade, é
uma tentativa de inviabilizar uma proposta que vai aumentar a
competitividade, não vai desequilibrar as finanças públicas e vai gerar
emprego”, disparou o petista.
No entanto, até membros da oposição acompanhou o governo nos
argumentos. Para o líder do Psol na Câmara, Ivan Valente (SP), a isenção
de PIS/Pasep e Cofins poderia resultar em um buraco na Previdência
Social. “[A isenção] leva-nos a crer que estamos baixando o preço da
energia e também tirando recursos da Previdência Social”, afirmou o
deputado.
Fonte: Robson Pires/Márcio Melo
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