* Bol - Após ter o pedido de socorro negado pelos países da União Europeia, a Grécia confirmou as expectativas e não pagou a dívida de € 1,6 bilhão com o Fundo Monetário Internacional (FMI) vencida nesta terça-feira (30), transformando-se no primeiro país desenvolvido a dar um calote no fundo.
O governo tinha até as 18h do horário de Washington (19h em Brasília e 1h de quarta-feira, pelo horário de Atenas) para quitar a dívida com o fundo.
Segundo a Folha de S. Paulo, o clima nas ruas da capital grega é de incerteza e apreensão e os bancos continuam fechados desde o controle de capital. Um grande protesto ocorreu nesta noite a favor de um acordo com os credores.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza, tentou dar uma última cartada na tarde desta terça ao pedir o adiamento da dívida por um curto período e propor um socorro de dois anos ao ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira), fundo vinculado à União Europeia responsável por cuidar dos interesses financeiros dos países da zona do euro. O socorro emergencial seria no valor de € 30 bilhões.
Proposta de emergência
A Grécia apresentou uma proposta de última hora aos seus credores, pedindo que a renegociação da dívida do país seja realizada de forma paralela à concessão de novos empréstimos ao longo dos próximos dois anos.
"O governo grego propôs hoje um acordo de dois anos com o ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira) para cobrir totalmente suas necessidades financeiras e com reestruturação paralela de dívida", afirmava um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, Alexis Tsipras.
A Grécia e seus credores estão tentando negociar uma saída para o impasse há meses.
Por um lado, a Grécia está em crise e precisa de dinheiro emprestado; por sua vez, os credores exigem que o país adote, em contrapartida, as chamadas 'medidas de austeridade', que consistem em cortes de gastos do governo e aumento de impostos.
O atual governo, de extrema-esquerda, foi eleito prometendo acabar com a austeridade e agora enfrenta o impasse de negociar com as instituições da zona do euro.
Assim, Tsipras anunciou que vai deixar a população decidir sobre a questão: no próximo dia 5 de julho, o país vai realizar um referendo, perguntando aos gregos se querem ou não aceitar o empréstimo internacional nas condições que são exigidas.
(Com informações da Folha de S.Paulo e UOL)
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