Movimento contra Belo Monte nega participação em invasão de obra
O Movimento Xingu Vivo negou neste domingo (17) ter participado da
invasão do escritório central do canteiro de obras da hidrelétrica de
Belo Monte (no oeste do Pará), realizado no sábado (16).
Na invasão, liderada por índios, foram quebrados materiais de escritório
como computadores, mesas e cadeiras, afirmou o CCBM (Consórcio
Construtor de Belo Monte).
A assessoria do Xingu Vivo disse que "nenhum integrante do movimento
participou do ato" e que todas as ações do movimento são "pacíficas".
O Xingu Vivo é o principal opositor da construção da hidrelétrica. O
movimento organizou, da última quarta-feira (13) até este domingo (17), a
conferência Xingu +23, na região das obras de Belo Monte, em Vitória do
Xingu (a 945 km de Belém).
Houve debates sobre os impactos da hidrelétrica para a região, com presença de índios de diversos locais.
De acordo com o Xingu Vivo, os índios que invadiram o escritório
relataram terem ficado "revoltados" com as futuras consequências da
hidrelétrica.
O movimento afirmou não ter "nenhum tipo de poder para impedi-los".
Ainda ontem, o consórcio registrou boletim de ocorrência sobre a invasão afirmou que "tomará as medidas cabíveis na Justiça".
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