terça-feira, 3 de setembro de 2013

Cientistas identificam molécula que pode ser causadora da depressão

Confundida muitas vezes com tristeza, a depressão é a quarta principal causa de incapacitação em todo o mundo e, segundo projeções da Organização Mundial de Saúde, ela será o mal mais presente do planeta em 2030, à frente do câncer e de algumas doenças infecciosas. Mas a ciência vem buscando compreender as causas do problema. Cientistas descobriram uma molécula, ainda sem nome, que fica na habenula – uma pequena região do cérebro – e seria o gatilho para a produção de substâncias em desequilíbrio que dariam início ao quadro depressivo.

Os testes foram feitos em ratos de laboratório. A substância foi marcada de maneira radioativa e a molécula foi dada aos animais, que apresentavam quadro depressivo quando elas eram produzidas em excesso na habenula. Nos ratos, a depressão pode ser identificada quando eles perdem a avidez por comidas doces ou perdem o instinto de se manter na superfície em uma piscina rasa.
Usando uma artimanha genética, os pesquisadores induziram um vírus a inibir a produção da proteína no cérebro. Após a indução, os sintomas nos ratos que haviam apresentado quadro depressivo sumiram. “No rato, eles fizeram um caminho que não é viável como tratamento, mas é uma esperança que, em poucos anos, a gente tenha uma solução menos complexa para uma doença tão presente”, destaca o médico Luis Fernando Correia.
* Reprodução Márcio Melo

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