terça-feira, 3 de setembro de 2013

Jovem perde movimentos e pede na Justiça R$ 100 mil da dupla sertaneja Edson e Hudson

Jovem pede indenização para Edson e Hudson após acidente em Limeira (Foto: Fernanda Zanetti/G1)

Uma jovem de 22 anos luta há um ano na Justiça para receber indenização dos irmãos Huelinton Cadorini Silva, de 39 anos, e Udson Cadorini Silva, de 41 anos, que formam a dupla sertaneja Edson & Hudson. Ela perdeu os movimentos do braço direito depois de um acidente envolvendo o ônibus dos cantores e a moto em que estava de carona em agosto de 2009, na Rodovia Anhanguera, em Limeira (SP).

Ela pede R$ 100 mil como reparação por danos morais e materiais. Uma audiência de conciliação foi marcada para o dia 30 deste mês às 14h30. Não há previsão de data para o julgamento, que pode ser suspenso se houver consenso entre as partes.
Jovem tirou nervo do pé para colocar no braço, após acidente em Limeira (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
Nervo retirado da perna foi enxertado no braço
durante operação (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
O acidente ocorreu no dia 30 de agosto de 2009. De acordo com a vítima, que pediu para não ter o nome publicado, ela e um amigo voltavam da Festa do Peão de Americana (SP) quando foram fechados pelo ônibus da dupla. “Estávamos na rodovia e o ônibus fechou a nossa moto. Para não entrar debaixo do veículo, meu amigo desviou e bateu em um carro. Ele não teve ferimentos, mas eu sofri uma fratura exposta no braço direito e perdi os movimentos dele e da mão”, relatou a jovem, que na época tinha 18 anos.
Ela passou por cinco cirurgias e aguarda para fazer a sexta. "Os médicos retiraram um nervo da perna para colocar no braço e também fizeram um enxerto para tentar recuperar os movimentos do braço e da mão", disse.
A jovem relatou que depois do acidente precisou abrir mão das atividades cotidianas. “Eu fazia curso técnico de farmácia em Piracicaba (SP) e trabalhava. Depois do acidente não consigo fazer mais nada. Não consigo escrever, carregar nada com o braço. Nem mesmo passar um pano no chão. Eu me sinto uma inválida. Também fiquei sem dinheiro e tive que trancar o curso", afirmou. Ela contou que evita andar na rua por vergonha das cicatrizes no braço.
De acordo com a jovem, no dia do acidente o ônibus não parou e os responsáveis nunca prestaram atendimento ou ajuda médica.“Fiquei com as sequelas e ninguém bateu na porta da minha casa para ajudar. No dia do acidente havia muitas pessoas no local que viram que o ônibus da dupla provocou o acidente. Eu ia deixar quieto, mas a minha vida mudou totalmente e nunca ninguém me deu amparo”, disse.
Edson e Huson
G1 entrou em contato com a assessoria da dupla, mas até as 7h20 desta terça-feira (3) ainda não havia recebido retorno.

* Reprodução Márcio Melo

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