Atividade agropecuária deve emitir 16% mais gases até 2022, diz estudo
Aumento demográfico e do consumo serão responsáveis por maior emissão.
Lançamento de óxido nitroso vai aumentar para 7 milhões de toneladas/ano.
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A expansão da agricultura e da demanda por carne para alimentar a
população mundial deve aumentar as emissões globais de óxido nitroso
(N2O) em 16% até 2022, de acordo com estudo publicado neste domingo (13)
na revista “Nature Climate Change”.
As emissões desse gás, quarto que mais impacta o efeito estufa – atrás
apenas do dióxido de carbono, metano e do ozônio troposférico – passarão
de 6 milhões de toneladas a 7 milhões de toneladas por ano entre 2012 e
2022.
A maior parte deste aumento será devido ao aumento do uso de
fertilizantes à base de nitrogênio em países da Ásia, América Latina e
África.
De acordo com David Reay, um dos autores do artigo, a maior demanda da
população por alimentação e consumo de carne vai impulsionar
significativamente as emissões causadas pela agricultura.
Atividade
agropecuária será responsável por aumentar emissão de óxido nitroso no
planeta em 16% até 2022. (Foto: Divulgação/ AENotícias)
Embora alguns desses gás são emitidos para a atmosfera a partir de fontes naturais, entre 40% e 50% das emissões a partir de 1990 ocorreram por atividades humanas, como queima de biomassa, uso de fertilizantes na agricultura e processos industriais.
O estudo afirma que em 2050 a agricultura deve contribuir com até 85%
das emissões de carbono, uma porcentagem significativamente maior do que
os 60% de 2005. Para Reay, medidas como o uso racional de fertilizantes
e mudanças nos hábitos alimentares podem prevenir este aumento.
Projetos como a redução do consumo de frango per capita em países
desenvolvidos como o Japão (onde grande parte da dieta é baseada em
peixe), reduziria em 100 mil toneladas as emissões de N2O, o equivalente
a 46 milhões de toneladas de CO2.
Por MMelo
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