IBGE: Norte e Nordeste concentram esgoto a céu aberto no país.
Dados são do Censo 2010 sobre características do entorno dos domicílios.
Goiânia e Belo Horizonte são cidades com melhor infraestrutura urbana.
Belém
encabeça o ranking de esgoto a céu aberto e lixo acumulado das grandes
cidades, segundo o estudo do IBGE (Foto: Ingrid Bico/G1 PA)
As regiões Norte e Nordeste do país concentram o maior percentual de
domicílios com esgoto a céu aberto ao redor, segundo estudo divulgado
nesta sexta-feira (25) pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo foi
realizado em 96,9% dos domicílios urbanos durante a pré-coleta do Censo
2010, com o objetivo de conhecer a infraestrutura urbana brasileira.
mais ibge
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Segundo o IBGE, na região Norte 32,2% dos domicílios estão próximos a
um local onde existe esgoto a céu aberto e, no Nordeste, são 26,3%, mais
de um quarto dos domicílios. Foram observadas dez características, como
iluminação, existência de placas de identificação de ruas, entre
outros.
A existência de esgoto a céu aberto foi encontrada em 11% dos
domicílios, e 5% tinham depósitos de lixo no entorno. Em todo o país, os
municípios entre 500 mil e 1 milhão de habitantes registraram maior
proporção nesse item.
Belém encabeça o ranking de esgoto a céu aberto
no entorno dos domicílios (44,5%) entre 15 municípios com mais de 1
milhão de habitantes citados na pesquisa, e também o de lixo acumulado
(10,4%).
São Luís
também tem um percentual alto com relação ao esgoto, 33,9%, e Fortaleza
aparece com 7,7% dos domicílios situados em locais com acúmulo de lixo.
Infraestrutura urbana no entorno dos domicílios* |
|
---|---|
Iluminação pública |
96,3% |
Pavimentação |
81,7% |
Meio fio/ Guia |
77% |
Calçada |
69% |
Arborização |
68% |
Identificação de logradouro |
60,5% |
Bueiro/ Bocas de lobo |
41,5% |
Rampas |
4,7% |
Esgoto a céu aberto |
11% |
Lixo acumulado |
5% |
*Fonte: Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos que possui a estrutura, Censo Demográfico 2010, IBGE |
Sucupira do Riachão,
no Maranhão, concentrou o maior percentual de lixo acumulado nas ruas
entre todas as cidades do país: 90,4% do total de domicílios.
Infraestrutura urbana
A iluminação pública foi a característica mais presente no entorno dos domicílios, atingindo 96,3%. Jutaí, no Amazonas, é uma exceção. A cidade menos iluminada do país somou 5,4% de iluminação pública.
A iluminação pública foi a característica mais presente no entorno dos domicílios, atingindo 96,3%. Jutaí, no Amazonas, é uma exceção. A cidade menos iluminada do país somou 5,4% de iluminação pública.
Em seguida, apareceram a pavimentação das vias (81,7%), meio fio/guia
(77%), calçadas (69%), arborização (68%) e presença de placas de rua
(60,5%).
Enquanto isso, bueiros para escoar as chuvas (41,5%) e rampa para cadeirantes (4,7%) foram considerados menos presentes.
As crianças estavam mais sujeitas a condições precárias: 15,1% delas,
na faixa de 0 a 4 anos, viviam em áreas com esgoto a céu aberto e 6,4%,
em locais com acúmulo de lixo.
Ainda segundo o IBGE, um total de cem cidades do país não possui placas de rua.
Mais de 1 milhão de habitantes
Entre os 15 municípios com mais de um milhão de habitantes, Goiânia e Belo Horizonte apresentaram a melhor infraestrutura urbana. Cidades do oeste paulista, na fronteira do norte com o Paraná, também apresentaram bons índices que as tornam bons locais para se morar.
Entre os 15 municípios com mais de um milhão de habitantes, Goiânia e Belo Horizonte apresentaram a melhor infraestrutura urbana. Cidades do oeste paulista, na fronteira do norte com o Paraná, também apresentaram bons índices que as tornam bons locais para se morar.
Os percentuais de Goiânia são elevados na iluminação pública (99,6%),
identificação de ruas (94,1%) e meio/fio calçada (97,5%). A exceção é a
existência de bueiros (53,1%). Belo Horizonte se destacou com melhores percentuais para pavimentação (98,2%) e calçada (94%).
Essas cidades também apresentaram a menor parte de seus domicílios
próximos a áreas de esgoto a céu aberto e depósito de lixo. Apenas 0,5% e
2,6%, respectivamente, para Goiânia, e 1,4% e 2,8% para Belorizonte.
Menos árvores
Belém (22,4%) e Manaus (25,1%), as duas maiores capitais da região amazônica, apresentaram os menores percentuais de arborização entre as 15 cidades citadas. "Essa foi uma surpresa para nós, porque não esperávamos encontrar um percentual baixo na Amazônia", diz a pesquisadora do IBGE, Dalea Antunes.
Belém (22,4%) e Manaus (25,1%), as duas maiores capitais da região amazônica, apresentaram os menores percentuais de arborização entre as 15 cidades citadas. "Essa foi uma surpresa para nós, porque não esperávamos encontrar um percentual baixo na Amazônia", diz a pesquisadora do IBGE, Dalea Antunes.
Goiânia é a mais arborizada, com árvores em 89,5% do entorno dos domicílios, seguida de Campinas (SP), com 88,4%, e Belo Horizonte, com 83%.
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