Prefeitos cobram de Dilma distribuição igualitária de royalties do pretróleo
Brasília – O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo
Ziulkoski, cobrou hoje (15) da presidenta Dilma Rousseff, durante a 15ª
Marcha dos Prefeitos, a distribuição dos royalties do petróleo de forma a beneficiar os municípios produtores e não produtores.
“Não tem município produtor, nem estado, o que tem é confrontante. O
que aquele municípios fez para ter aquele petróleo? Não tem produtor, é
confrontante, ninguém está mexendo em contrato. Queremos honrar todos os
contratos, o que estamos discutindo é a apropriação do produto do
contrato”, disse Paulo Ziulkoski.
Dilma defendeu empenho e diálogo para resolver a situação. “[Sobre]
petróleo, vocês não vão gostar do que vou dizer, então vou falar pra
vocês: não acreditem que conseguirão resolver a distribuição de hoje
para trás, lutem pela distribuição de hoje para a frente”, destacou. Os
prefeitos não gostaram da resposta e houve um início de vaia. No
encontro, porém, Dilma também foi aplaudida.
Após o encontro, Paulo Ziulkoski disse que a vaia à presidenta não
representa nem a maioria dos prefeitos nem a posição da Confederação
Nacional dos Municípios. “Esse grupo não tem nosso aval e a vaia
aconteceu devido ao estilo honesto e leal da presidenta Dilma”.
A presidenta também reforçou, por diversas vezes, que o governo federal
não poupará esforços para que as criança pobres estejam nas creches,
após ter ouvido dados apresentados por Ziulkoski demonstrando que o
municípios ficarão sobrecarregados com as 6 mil creches que o governo
federal quer construir até 2014. “Meu governo fará o possível e o
impossível não só com custeio e com investimento, tudo o que for
possível para garantir que a parte mais pobre das crianças esteja em
creches”, destacou Dilma.
A Confederação Nacional dos Municípios apresentou ainda reivindicações
como execução de restos a pagar, fim da aprovação de pisos salariais
para categorias profissionais e apoio para a construção de aterros
sanitários. O presidente da confederação disse ainda que é preciso
reforçar a parceria entre o governo federal e os municípios.
A presidenta Dilma disse concordar que há desajustes na relação entre o
governo federal e os municípios, mas disse em tom firme que o governo
sempre fez tudo o possível para ampliar a parceria. “Concordo que há
desajustes que não temos e não alcançamos a melhor relação possível, mas
não concordo que o governo federal não tenha feito tudo o que era
possível, dada nossa situação, para ampliar a parceria com os
municípios”, disse Dilma.
Fonte: Agência Brasil
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