Corpo de estudante morto na Nova Zelândia deve seguir esta semana ao Brasil
Familiares de Felipe estão em New Plymouth, na Nova Zelândia, desde o seu desaparecimento
O corpo do estudante brasileiro João Felipe Martins de Melo, encontrado após acidente em escalada na Nova Zelândia, deve ser liberado nos próximos dias, após passar por perícia, informou a polícia.
Familiares de Felipe, que foram a New Plymouth, na Nova Zelândia, desde o desaparecimento do estudante, devem voltar ao Brasil na próxima terça-feira (21).
Eles participaram de uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (20). O tio José Martins disse à imprensa local: "Morando neste grande lugar (Nova Zelândia), o Felipe encheu a todos de alegria, amizade e música. Ele estava tão feliz que insistiu em prolongar a sua estadia".
Felipe é natural de Fortaleza, fazia um intercâmbio no país desde janeiro e planejava voltar ao Brasil em outubro, segundo relatos de sua família à imprensa.
“Nós nunca vamos esquecer que o mar de New Plymouth levou o nosso garoto", disse o tio. Um funcionário de uma usina de energia localizada ao lado do local do acidente localizou o corpo na manhã de domingo (19), onze dias após o brasileiro e outros dois desaparecerem.
"O reconhecimento foi feito por meio de exames de impressão digital e DNA, o que é padrão nestes casos", disse a porta-voz da polícia, Victoria Evans, à BBC Brasil.
Escalada
Felipe Melo e o neozelandês Stephen Lewis Kahukaka-Gedye, ambos de 17 anos, caíram no mar na quarta-feira, quando escalavam uma rocha no Parque de Paritutu, localizado na cidade de New Plymout.
O instrutor Bryce John Jourdain, de 42 anos, pulou na água para tentar resgatar os estudantes e também desapareceu. Eles faziam um passeio com 11 colegas do Spotswood College, uma escola local, acompanhados de dois instrutores de uma empresa de esportes de aventura.
As buscas dos outros dois desaparecidos continuam. Até o momento, cerca de 50 policiais estiveram envolvidos no resgate que envolveu botes e helicópteros.
Duas investigações estão sendo feitas para investigar as circunstâncias do acidente. Uma conduzida pela polícia neozelandesa e outra pelo departamento do trabalho.Ao ser questionada sobre o andamento delas, Evans disse que ainda é muito cedo e o resultado deve demorar alguns meses para ser divulgado.
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