Suposta vítima de Marcelinho PB faz novo exame para constar no inquérito
Vítima diz que tem cicatriz e exame pode mudar indiciamento de jogador.
Inquérito que indicia jogador por esturpo já dura oito meses.
Um novo exame de corpo de delito foi realizado e anexado nesta quinta-feira (2) ao inquérito que indicia o jogador Marcelinho Paraíba por estupro. O atleta é suspeito de forçar a suposta vítima a beijá-lo durante uma festa, em Campina Grande, em novembro do ano passado. De acordo com a Polícia Civil, o exame foi feito porque a suposta vítima procurou a Delegacia da Mulher e alegou ter ficado com uma cicatriz no rosto em função de um possível agressão do jogador. De acordo com o promotor do caso, Marcus Leite, a novidade pode mudar o inquérito, pois se for confirmado que a cicatriz foi causada pelo suspeito, a descrição do crime pode passar de estupro com lesão leve para lesão grave. Segundo o coordenador da Central de Polícia de Campina Grande, delegado Kelson Vasconcelos, o exame foi solicitado pela própria vítima há cerca de 15 dias e foi realizado no Núcleo de Medicina Legal (Numol), em Campina Grande. Ele disse que o inquérito já havia sido concluído e o novo exame foi apenas anexado às páginas do documento para auxiliar na O advogado de Marcelinho, Afonso Vilar, disse que não acredita que essas novas diligências possam modificar a espécie do indiciamento do jogador. "Eu estranho porque, na época da confusão, ela não falou nada sobre cicatriz e agora apresenta esse argumento justamente quando a delegada encerrou o inquérito e iria entregar ao Ministério Público. Ou seja, são sucessivas acusações que tecnicamente não devem ter força em um futuro processo", disse. O inquérito já foi para o Ministério Público e voltou para as mãos da delegada pela terceira vez, e o crime aconteceu há oito meses. Três promotores já acompanharam o caso. No dia 20 de junho de 2012, o Ministério Público o reenviou à delegacia pela segunda vez, solicitando que fosse feita uma acariação entre duas testemunhas, pois elas estariam apresentando versões diferentes. A acariação foi feita e o inquérito enviado para o promotor Marcus Leite. Mas, na tarde da quarta-feira (1), ele reenviou o documento para a delegacia para que o novo exame fosse anexado. O inquérito agora está com a delegada da mulher de Campina Grande, Herta França, e deve ser remetido ainda esta semana para o MP. O resultado do exame não foi divulgado, mas Marcus Leite disse que ele pode interferir no indiciamento de Marcelinho. "Se for comprovado que a cicatriz foi causada por uma suposta agressão, Marcelinho seria citado por lesão grave em vez de lesão leve, o que muda a conotação da acusação", disse o promotor. O promotor agora espera receber o inquérito para avaliá-lo e decidir se oferece denúncia contra o atleta e quais seriam as acusações. A delegada Herta de França citou a presença de 'lesão leve' nos lábios da vítima, com base nos primeiros exames de corpo de delito, o que já sustenta o indiciamento por estupro. Mas, em posse do novo exame, o promotor pode pedir uma condenação mais grave para ele ou até nem aceitar o indiciamento da Polícia Civil. Quanto à demora na entrega do inquérito, ele disse que foram necessárias novas diligências e que o prazo estava dentro do estipulado porque o suspeito citado está em liberdade provisória.
Entenda o caso
De acordo Fernando Zoccola, primeiro delegado que atuou no caso, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu de madrugada em uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, para comemorar a ascenção do Sport, time em que jogava, à Série A do Campeonato Brasileiro. O caso aconteceu no dia 30 de novembro de 2011. Segundo ela, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) para ser submetida a um exame de corpo de delito. Além de Marcelinho Paraíba, outros três amigos foram detidos durante o tumulto. Eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e foi liberado após uma determinação da Justiça. Durante as investigações o irmão da vítima, o delegado Rodrigo Pinheiro, foi afastado de suas atividades na 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande depois de ter sido acusado pelo jogador de ter voltado à festa com a Polícia Militar e ter efetuado disparos, após ter tirado a irmã do local. Em entrevista no dia da prisão do atleta, Rodrigo Pinheiro negou ter atirado e disse que, na verdade, os policiais militares efetuaram alguns disparos para cima porque estavam sendo cercados por pessoas armadas que queriam impedir a prisão de Marcelinho.
Entenda o caso
De acordo Fernando Zoccola, primeiro delegado que atuou no caso, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu de madrugada em uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, para comemorar a ascenção do Sport, time em que jogava, à Série A do Campeonato Brasileiro. O caso aconteceu no dia 30 de novembro de 2011. Segundo ela, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) para ser submetida a um exame de corpo de delito. Além de Marcelinho Paraíba, outros três amigos foram detidos durante o tumulto. Eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e foi liberado após uma determinação da Justiça. Durante as investigações o irmão da vítima, o delegado Rodrigo Pinheiro, foi afastado de suas atividades na 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande depois de ter sido acusado pelo jogador de ter voltado à festa com a Polícia Militar e ter efetuado disparos, após ter tirado a irmã do local. Em entrevista no dia da prisão do atleta, Rodrigo Pinheiro negou ter atirado e disse que, na verdade, os policiais militares efetuaram alguns disparos para cima porque estavam sendo cercados por pessoas armadas que queriam impedir a prisão de Marcelinho.
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