Exposição no Memorial da América Latina retrata luta de trabalhadores
São Paulo - A mostra Primeiro de Maio, exposta no Memorial da América Latina, traz fotografias, desenhos, pinturas e intervenções que tratam do Dia Internacional do Trabalho. Entre as obras, estão trabalhos do fotógrafo João Roberto Ripper, que já trabalhou com Sebastião Salgado, e do desenhista e ilustrador argentino Luiz Trimano.
“É uma exposição que vai tratar do dia internacional de luta dos trabalhadores. Não só pensando nas lutas, mas no próprio trabalhador. Teremos muita fotografia, com profissionais que acompanharam o movimento dos trabalhadores. Também fotografias que enfocam propriamente o trabalhador, em muitas situações, no canavial, na carvoaria, os mineiros, pescadores”, destaca a curadora da exposição, Ângela Barbour.
Além das referências aos movimentos grevistas brasileiros, a exposição enfocará também o trabalho infantil e o trabalho escravo. Iatã Cannabrava mostra em suas fotos as periferias das cidades da América Latina, o ambiente onde o trabalhador vive.
“Vamos ter fotos da Agência Imagens do Povo, da favela da Maré, no Rio de Janeiro, onde foram formados fotógrafos populares. Eles têm uma visão particular por terem nascido na favela, terem vivido o tempo todo lá. É muito diferente ver a favela fotografada por um cara que entrou de fora do que de um cara que mora lá dentro”, destaca a curadora.
A exposição também contará com um vídeo do fotógrafo suíço Jean-Claude Wicky que documentou por muitos anos a vida dentro das minas de trabalhadores na Bolívia.
O público pode visitar a mostra até o dia 26 de maio, de terça a domingo, das 9 horas às 18 horas, na Galeria Marta Traba, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo.
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