MAIS UMA PROMESSA PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA !!!
100% dos royalties das novas concessões do petróleo vão para a educação, diz Mercadante
Ao anunciar a nova divisão dos royalties do petróleo nesta sexta-feira
(30), o ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou que a presidente
Dilma Rousseff editou uma medida provisória que garante a destinação dos
recursos dos royalties de novas áreas de petróleo no país para a
educação.
O que são royalties?
São um valor cobrado pelo proprietário de uma patente ou, ainda, por uma pessoa ou empresa que detém o direito exclusivo sobre determinado produto ou serviço.No caso do petróleo, os royalties são cobrados das concessionárias que o exploram, e o valor arrecadado fica com o poder público.
"Todos os royalties, a partir das futuras concessões, irão para a
educação. Isso envolve todas as prefeituras do Brasil, os Estados e a
União, porque só a educação vai fazer o Brasil ser uma nação
efetivamente desenvolvida", disse o ministro. “100% dos royalties
futuros irão para a educação, e 50% de todo o rendimento do fundo social
irá para a educação.”
O ministro afirmou ainda que metade do que será obtido pelo regime de
partilha, que vai para o Fundo Social, será destinada para a educação. O
Fundo Social foi criado em 2010 e funciona como uma espécie de poupança
pública que utilizará as receitas da União para projetos sociais como o
combate à pobreza, esporte e saúde, entre outros. Agora, o fundo
passará a destinar 50% do que recebe somente para educação.
Hoje era o último dia do prazo para Dilma sancionar o projeto de lei
que trata da distribuição dos royalties. Em entrevista coletiva, ministros anunciaram que a presidente vetou o artigo que muda as regras de distribuição referentes a campos já explorados.
Além de Mercadante, o anúncio foi feito pelos ministros Edison Lobão
(Minas e Energia), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti
(Relações Institucionais), no Palácio do Planalto.
A nova MP tratará apenas dos poços de petróleo que trabalharam no
regime de concessão em poços ainda não licitados e será publicada no
Diário Oficial na próxima segunda-feira (3) junto com as justificativas
dos vetos do projeto.
Partilha e concessão
O regime mais antigo e vigente é o de concessão. No caso da concessão, a operadora assume sozinha o risco exploratório e adquire a propriedade de todo o petróleo e gás produzido. Em compensação, paga royalties e as demais participações governamentais como bônus de assinatura, participação especial e pagamento pela ocupação ou retenção de área.Já no regime de partilha de produção, há repartição do petróleo e gás natural extraídos de uma determinada área entre a União e o contratado. Na partilha, a empresa contratada assume sozinha os riscos da não descoberta durante a fase exploratória e depois de descontados os custos de extração e investimentos, a parcela restante do óleo produzido na partilha é dividida entre a União e a operadora contratada.
De acordo com Mercadante, a receita da educação de todos os royalties
em regime de concessão futuro será em acréscimo ao mínimo obrigatório
que cada um dos entes federativos (União, Estados e municípios) já se
compromete com a área.
"O município tem que aplicar 25% [de sua receita], os Estados 25% e a
União 18%. Então, a receita do petróleo é acima dos 25% dos municípios,
acima dos 25% dos Estados e acima dos 18% da União. Ou seja, é um
acréscimo da receita efetiva. O que vier de receitas do petróleo é para
acrescer ao mínimo constitucional", detalhou Mercadante.
Legislação atual
Com o veto anunciado hoje, a legislação atual será mantida no que se
refere aos contratos já firmados. Rio de Janeiro e o Espírito Santo, que
juntos somam quase 90% da produção nacional, continuam recebendo da
mesma forma, como pediam os governos dos dois Estados.
A regra atual estabelece que a União fica com 30% dos royalties, os
Estados produtores (ou confrontantes) recebem 26,25%, os municípios
confrontantes ficam com 26,25% e os municípios afetados, 8,75%.
O restante (8,75%) é distribuído entre os municípios (7%) e Estados
(1,75%) da federação, conforme as regras do FPM (Fundo de Participação
dos Municípios) e do FPE (Fundo de Participação dos Estados), que
consideram os indicadores sociais e pagam mais aos Estados e municípios
mais pobres em detrimento dos mais ricos.
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