Após 17 dias,
chegou ao fim nesta quinta a greve dos professores da rede estadual de ensino.
A decisão pelo fim da greve foi tomada pela categoria na tarde de hoje, após
assembleia realizada no colégio Wiston Churchill. A partir da próxima segunda,
os 420 professores que aderiram ao movimento devem retornar para suas
atividades normais em sala de aula.
Entre os pontos acordados,
ficou decidido que a Secretaria de Estado da Educação irá dividir em seis
parcelas o pagamento de R$ 6 milhões, referentes às horas suplementares dos
professores que ministraram mais que 20 horas em sala de aula durante os meses de
abril a julho deste ano. Esse parcelamento será feito a partir do mês de
setembro.
Além disso, foram mantidas no
acordo, as ações já anunciadas pela secretária Betania Ramalho, na última
segunda-feira (26), como o envio para a Assembleia Legislativa do projeto de
lei que altera o porte das escolas, aumentando o valor da gratificação dos
diretores e vice-diretores. Também deve ser enviado para apreciação dos
deputados o projeto de lei das promoções horizontais, que autoriza o Governo a
conceder uma letra aos professores.
Ficou acertada ainda a
alteração de dois artigos do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do
Magistério Estadual. Esses artigos tratam de regras para promoção e mudanças na
jornada de trabalho, devido à implantação do terço da hora-atividade para
planejamento. Assim como os demais projetos de lei, a proposta de alteração
também será enviada à Assembleia.
A secretária Betania Ramalho
se comprometeu ainda a suspender o corte de ponto dos professores grevistas,
desde que eles apresentem um cronograma de reposição de aulas aos gestores das
escolas nas quais estão lotados. Segundo relatórios da Coordenadoria de
Recursos Humanos, da Secretaria da Educação, dos 10 mil professores em sala de
aula em todo o Estado, apenas 420 aderiram à greve. O número representa 4% do
total.
Para a secretária, a decisão
pelo fim da greve foi sensata. “A própria direção do sindicato reconheceu, na
assembleia de hoje, que as negociações foram mais fortes do que a própria greve
e que a adesão foi muito pequena. Logo, eu agradeço aos que decidiram pelo fim
da paralisação. E agradeço principalmente à maioria dos professores que não
deixaram suas salas de aula. Vocês foram decisivos para garantir o direito dos
alunos de aprender”, concluiu Betania Ramalho.
* Reprodução Márcio Melo via Jornal De Fato/ Assecom/ Seec
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