Carlos Alberto foi suspenso por um ano pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O julgamento, iniciado na semana passada, teve seu desfecho confirmado na tarde desta quinta-feira. Com a punição, o meia vê um acordo verbal com o Fluminense se complicar. Sem poder atuar, o jogador não irá compor o elenco tricolor. Ele era um dos reforços pensados pela diretoria para tentar reverter o momento de crise.
O ex-vascaíno não compareceu ao tribunal e foi representado por seu advogado, Guilherme Rezende, irmão do técnico de vôlei Bernardinho. O meia foi pego com Hidrocloratiazida (diurético que combate a hipertensão arterial) e Carboxi-Tamoxifeno (tipo de hormônio) em vitória do Cruzmaltino por 3 a 2 sobre o Fluminense, pelo Carioca deste ano.
Nos julgamentos no TJD-RJ, a defesa do jogador, antes realizada pela advogada do Vasco, Luciana Lopes, obteve vitória ao alegar contaminação cruzada dos medicamentos ortomoleculares utilizados e confeccionados pela farmácia de manipulação Silvestre.
Carlos Alberto não obteve o mesmo final feliz no STJD e poderia ficar até dois anos afastado do futebol. Agora condenado pelo STJD, o ex-jogador do Vasco ficará sem atuar por mais 9 meses e meio – já que a punição é retroativa e o meia já cumpriu 30 dias de suspensão preventiva e mais 45 dias pela demora da realização e divulgação do exame. O jogador ainda pode recorrer a CAS (Corte Arbitral do Esporte).
O julgamento de Carlos Alberto por doping se arrastava desde o dia 22 de maio, quando o atleta enfrentou cinco horas no tribunal e foi absolvido por 4 votos a 1 pela 7ª Comissão Disciplinar Regional. Após vitória em um segundo julgamento, o STJD recorreu da decisão e enfrentou problemas.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) chegou a ser multada pela Fifa em 10 mil francos suíços (R$ 24,7 mil) por ter atrasado o envio da documentação do processo de Carlos Alberto. A entidade que comanda o futebol brasileiro tinha 15 dias para encaminhar o processo à Fifa, o que não foi feito. A CBF diz não ter recebido a documentação em tempo.
Negociação com o Flu
Carlos Alberto estava apalavrado com Celso Barros, presidente da Unimed, patrocinadora do Fluminense. A condição para que ele assinasse contrato era a absolvição no caso de doping. Como ele ficará longo tempo sem poder atuar, o negócio não será realizado. O Tricolor vê uma lacuna no setor de armação, já que Wagner vive má fase, Deco se aposentou e Felipe tem sido irregular nas partidas. O clube carioca, oficialmente, negava os contatos para contar com o meia.
* Reprodução Márcio Melo
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