segunda-feira, 10 de junho de 2013

Caso de menino de 2 anos à espera de transplante comove a Argentina


Caso de menino de 2 anos à espera de transplante comove Argentina

Buenos Aires, 9 jun (EFE).- Milhares de argentinos acompanham o caso do menino Renzo, de apenas dois anos, que sofre de problemas cardíacos e sobrevive ligado a uma máquina à espera da possibilidade de passar por uma nova cirurgia de transplante de coração, já que a primeira, ocorrida há uma semana, não teve o resultado esperado.

A história de Renzo é destaque neste domingo nas capas dos principais jornais da Argentina e nas redes sociais, através das quais cidadãos do país manifestam solidariedade aos pais da criança, que pediram orações por ele.
'Peço a vocês mais preces do que nunca', disse no Twitter Haroldo Antonelli, pai do menino.
Pouco após nascer, os médicos comunicaram aos pais de Renzo que ele sofria de uma miocardiopatia, que afeta a força do coração para bombear sangue e oxigenar o resto do corpo.
Por causa dessa doença, Renzo está desde então internado em Buenos Aires, ligado a um coração artificial que o mantém com vida.
Em novembro, o menino sofreu um acidente vascular cerebral que lhe tirou temporariamente a visão e a audição, e paralisou metade de seu corpo.
A situação de Renzo chegou logo à imprensa, e ele ficou muito conhecido entre os argentinos, que se emocionaram ao saber que no sábado passado ele receberia o coração de uma menina da mesma idade que morreu em um acidente de trânsito.
Sua mãe, Belén, se mostrava então esperançosa na evolução do quadro de saúde de seu filho e agradecida à família da pequena doadora.
'Em Renzo vivem duas pessoas, vive ele e vive esse anjinho que lhe doou o coração', escreveu ela no Facebook.
Hoje, Belén mantém o desejo de que o coração que seu filho recebeu, que tem um rendimento insuficiente para cobrir suas necessidades, comece a funcionar melhor e possa evitar um segundo transplante.
'Amanhã os médicos vão testar se o coraçãozinho ganhará força em uma última tentativa', disse à imprensa local.
Jorge Ramos, avô de Renzo, confirmou que 'os médicos fizeram um trabalho excelente, mas infelizmente o coração não consegue cobrir as necessidades do organismo' de seu neto.
'O neném precisava do motor de um caminhão e lhe deram um que funciona como o de um Fiat 600', explicou Ramos ao jornal 'Crónica'.
'Não há outra alternativa a não ser rezar e esperar a chegada de um novo órgão', acrescentou.
Na página 'Un corazón para Renzo' ('Um coração para Renzo', em tradução livre) no Facebook, aberta por Haroldo Antonelli e que conta com quase 2.600 seguidores, os argentinos mostram sua solidariedade e afirmam que 'Renzo é de todos porque todos podemos ser Renzo'.
Em páginas similares criadas pelos usuários, se acompanha dia a dia a evolução do menino.
À espera de saber se seu recém estreado coração aguenta ou não a chegada de um novo transplante, Renzo permanece internado no hospital pediátrico Garrahan, em Buenos Aires.
Desde ontem, ele voltou à lista do Instituto Nacional Central Único Coordenador de Ablação e Implante (Incucai) caso seja necessário localizar outro coração.
A cardiologista argentina Elena Ferreiro, que tratou Renzo desde o princípio, destacou como 'algo muito positivo' que o ele 'não tenha sofrido complicações renais nem deterioração de nenhum tipo', na primeira cirurgia, o que facilita um eventual segundo transplante.

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