terça-feira, 25 de junho de 2013

Cerca de 10.000 se reúnem em protesto no Centro de Porto Alegre


Cerca de 10.000 manifestantes se reuniram nas ruas do Centro de Porto Alegre na noite desta segunda-feira (24). O cálculo é da Secretaria de Segurança Pública --e o tamanho do grupo corresponde a metade do que foi às ruas na quinta-feira (20) quando as condições climáticas também eram adversas, com chuva e frio. Os protestos são contra o aumento das passagens.

Mapa dos Protestos Pelo Brasil

A sede do governo estadual, o Palácio Piratini, foi totalmente isolado pela Brigada Militar --PM do Rio Grande do Sul. Apenas os moradores podem passar num raio de três quadras.

15 presos

A BM (Brigada Militar) fez 15 prisões de vândalos que agiram durante o protesto no Centro de Porto Alegre da noite desta segunda-feira (24). O grupo, segundo informações da BM, não fazia parte da marcha e aproveitou a concentração de policiais em outras regiões para depredar e saquear lojas e carros. 
O confronto mais grave se deu na esquina da Borges de Medeiros com a rua da Praia – a chamada de Esquina Democrática. Pedras e rojões foram jogados contra os policiais, que respondeu com bombas de gás e de efeito moral. A tropa de choque e a cavalaria entraram em ação para dispersar os vândalos.
Manifestantes contrários aos atos de depredação se posicionaram em frente a uma loja de cosméticos para impedir a depredação. Segundo a BM, uma briga entre os arruaceiros e grupos contrários à baderna provocou a confusão, que demorou mais de uma hora para ser controlada. A intervenção teria sido necessária, segundo a corporação, porque alguns baderneiros portavam rojões e pedras. Não há informação sobre feridos.
Mais cedo, um grupo composto por cerca de 70 pessoas depredou e saqueou bares e automóveis na rua João Alfredo, região central de Porto Alegre, durante a realização da passeata de protesto convocada pelo Bloco de Luta pelo Transporte Coletivo. O grupo não fazia parte da marcha e aproveitou a concentração de PMs em outras regiões para cometer atos de vandalismo.
Por volta das 19h40min, os manifestantes começaram a depredar os bares, que estavam fechados, contêneires da coleta de lixo e carros estacionados no local. Alguns arruaceiros quebraram os vidros e as portas dos estabelecimentos. Um veículo Corsa e um Agile tiveram os pneus e os rádios furtados.
Por recomendação do Sindilojas, o comércio de rua de Porto Alegre fechou as portas às 16h30 de ontem para evitar transtornos com mais uma manifestação contra o aumento das passagens.
Até o Mercado Público, tradicional ponto de vendas do Centro, suspendeu as atividades de mais de 100 bancas antes do horário de fechamento, às 20h. Bancos e lojas reforçaram as medidas de segurança com a colocação de tapumes nas vitrines. Uma agência da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) lacrou toda a frente do prédio.
O Palácio Piratini, sede do governo estadual, foi totalmente isolado pela Brigada Militar. Apenas os moradores puderam passar num raio de até três quadras.
A BR 116, principal rodovia da região metropolitana, foi bloqueada nos dois sentidos em Canoas a partir das 17h por mais de mil manifestantes, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Vândalos quebraram vidros de uma galeria e também roubaram objetos de uma relojoaria. Cinco suspeitos de roubar motoristas, presos no congestionamento, também foram detidos pela Brigada Militar. 
A mesma rodovia também foi bloqueada em São Leopoldo. Outras três estradas foram interrompidas no estado por manifestações populares. 

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