Uma dinastia está perto de começar na NBA e ela tem nome: Miami Heat. Liderado por um cada dia mais formidável LeBron James, o time da Flórida derrotou o experiente e até então imbatível em finais San Antonio Spurs, por 95 a 88, e conquistou o bicampeonato da liga na noite desta quinta-feira.
Em uma partida novamente emocionante e decidida apenas nos minutos finais, o time de Miami fez prevalecer seu time de estrelas sobre o experiente e "pesado" Spurs.
Para se sagrar campeão no sétimo e decisivo jogo da final, o Heat contou com uma noite decisiva de James. Livre do rótulo de "pipoqueiro" desde a última temporada, o ala foi o dono da partida. Com um repertório variado entre infiltrações e bolas de três, o camisa 6 marcou 37 pontos e liderou a franquia ao segundo título seguido. Vale destacar que a média de LeBron em confrontos decisivos é 33.8 pontos, a maior da história da liga.
Com o resultado, a equipe de Miami conquistou pela terceira vez o campeonato mais importante do basquete mundial. Além disso, é a primeira vez que uma equipe leva o troféu pela segunda vez consecutiva desde o Los Angeles Lakers nas temporadas 2008/09 e 2009/10.
Início nervoso
Antes de entrar em quadra, LeBron James aproveitou o último momento reunido com o time para pedir que todos esquecessem os problemas e fossem para o jogo com um só pensamento: vencer. Os alvos daquele recado eram claros. Para o Heat vencer, Dwyane Wade e Chris Bosh precisariam superar as limitações (físicas ou mentais) que os pararam anteriormente e assumirem papéis dignos do status que carregam.
O discurso não funcionou muito bem. O que se viu foi um Heat apático nos primeiros minutos, refém dos turnovers e do nervosismo. Pode ser esperado para um Jogo 7, mas é sempre bom lembrar: o time de Miami, com basicamente este mesmo elenco, esteve nas últimas três séries decisivas da NBA.
Um pouco mais lúcido, mas também abusando dos desperdícios de posse de bola, o San Antonio Spurs largou em vantagem. No contra-ataque, os texanos até abriram vantagem, mas um verdadeiro blecaute ofensivo trouxe o Heat novamente ao jogo.
Nivelado por baixo e cheio de erros para os dois lados, o jogo permaneceu equilibrado até a metade da segunda parcial. Com a dupla formada por LeBron James e Dwyane Wade somando 29 pontos, o time da Flórida assumiu a liderança e foi para o intervalo com a liderança: 46 a 44.
LeBron James "vira" Ray Allen
Quem disse que a chave para a vitória do Heat era fazer com que LeBron James forçasse o jogo no garrafão se surpreendeu. Nesta noite, o ala não fez o que os especialistas pediam. Resolveu jogar mais longe do garrafão, apostando em arremessos mais longos. E deu certo.
Seu recorde, em um jogo de final, era de quatro bolas de três. Superou essa marca já no terceiro quarto.
Danny Green, o que é que aconteceu?
A essa altura, se você prestou um pouquinho de atenção à NBA nos últimos dias sabe quem é Danny Green. Quase insignificante para o San Antonio Spurs na temporada regular, ele virou um dos Big Three do time nas Finais – aproveitando que Manu Ginóbili não tem conseguido atuar no nível esperado. Sai como o recordistas em cestas de três da história das finais, superando a lenda Ray Allen.
Nos últimos dois jogos, no entanto, ele voltou a parecer o atleta que não conseguiu jogar no Cleveland Cavaliers, sua primeira equipe na liga norte-americana. No Jogo 6, ele fez apenas três pontos. No Jogo 7, sua primeira cesta de quadra veio no meio do terceiro período. Muito disso, aliás, tem a ver com a mudança de postura da marcação do Heat. Antes do duelo de terça-feira, o ala foi "ameaçado" por Bosh: "ele não vai fazer mais nenhum arremesso livre". Como os números comprovam, deu certo.
Coadjuvantes, Battier e Leonard brilham
Shane Battier esteve longe de fazer uma temporada formidável. Com uma média de apenas quatro pontos nos playoffs, o ala decidiu acordar e contribuiu com seis bolas de três pontos, uma delas com menos de três minutos para o fim da partida, terminando a partida com 18 pontos.
Já Leonard teve mais uma partida de destaque e terminou com 19 pontos, mas não foi o suficiente para conduzir os Spurs ao título.
Ginobili "vilão"
Irreconhecível no último jogo, quando fez uma série de decisões contestáveis em jogadas fáceis, o argentino Manu Ginobili novamente pode ter seu nome lembrado quando questionarem os motivos que levaram os Spurs à derrota. No último período, o ala-armador perdeu três bolas extremamente fáceis e complicou uma possível reação dos texanos. Mesmo assim, os números do jogador foram bons e ele terminou com 18 pontos.
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