Cinco pessoas são apontadas pelo MPF como responsáveis pelo vazamento de questões do Enem
“Cinco pessoas podem ser responsabilizadas pelo vazamento das questões do Exame Nacional do Ensino Médio de 2011. A denúncia foi feita pela procuradora responsável do inquérito da Polícia Federal, Maria Cadelária Di Ciero, e encaminhada para a Justiça Federal. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 8, pelo promotor do Ministério Público Federal no Cerará (MPF-CE), Oscar Costa Filho.
De acordo com os relatórios da Polícia Federal, os culpados seriam um representante da Fundação Cesgranrio, um do Inep e dois do colégio Christus, sendo um professor e um coordenador. As questões constavam em uma apostila distribuída pela escola, e os alunos tiveram acesso antecipado a 14 questões que foram cobradas na prova de outubro de 2011. O inquérito concluído pela PF confirmou que os funcionários estavam envolvidos no caso.
Os dois funcionários do Inep, segundo a denúncia do MPF, serão indiciados por falsidade ideológica, pois negaram oficialmente não haver a possibilidade de os cadernos de provas serem visualizados. Segundo o órgão: “com o objetivo evidente de acobertar a extensão do vazamento da prova”.
Já os representantes da Cesgranrio serão responsabilizados por disponibilizar os cadernos do pré-teste aos coordenadores do Christus. “Eles não dispunham de autorização legal de acesso ao material”, explica o MPF.
Os servidores do colégio envolvido são apontados como sendo um professor e um coordenador e são acusados de ter utilizado e divulgado o material sigiloso de forma ilegal. Além disto, o resultado das investigações mostra que o vazamento não se limitou aos cadernos três e sete, comprovadamente distribuídos, mas estendeu-se aos demais 30 aplicados. “A tabela apresentada pelo Inep demonstra a coincidência de itens do pré-teste e da prova do Enem em 2011”.
Segundo Maria Candelária Di Ciero, se condenados, os denunciados podem ser punidos com restrição de direitos, multa ou prestação de serviço público. Mas atenta: “detenção eu acho difícil, pelo fato de eles serem réus primários”.
Segurança em novos testes
O promotor Oscar Costa Filho questiona a capacidade do MEC de promover uma prova segura. Segundo ele, não há como garantir a segurança do próximo exame do Enem. “O exame de abril foi adiado por isso. O MEC já sabia. A prova foi adiada, porque eles não têm condições de fazer”, defende.
O promotor Oscar Costa Filho questiona a capacidade do MEC de promover uma prova segura. Segundo ele, não há como garantir a segurança do próximo exame do Enem. “O exame de abril foi adiado por isso. O MEC já sabia. A prova foi adiada, porque eles não têm condições de fazer”, defende.
A eficácia da segurança é posta à prova e o MPF conclui que o vazamento ocorreu pela “vulnerabilidade” do sistema e pela deficiência da composição do Banco Nacional de Itens (BNI), violando a metodologia que regulamenta a aplicação do exame.”
Fonte: O Povo On Line
Por Márcio Melo
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