segunda-feira, 3 de junho de 2013

Piloto morre após bater em poste durante corrida de kart disputada em Pernambuco



O triste fim de semana para o automobilismo brasileiro se encerrou com morte na pista. Não bastasse o caos instalado graças à reforma mal feita do circuito de Brasília, que recebeu a Stock Car, um evento na cidade pernambucana de Carpina, distante 50 km de Recife, acabou em tragédia. No último domingo (2), durante uma corrida chamada Carpina Kart Racing, quarta etapa da denominada Copa Interiorana de Kart, Fernando Lopes, de 32 anos, bateu contra um poste, que estava parcamente protegido com alguns pneus. 


Segundo informa o diário local ‘O Cotidiano’, o piloto, morador de Recife, foi removido para a Unidade Mista de Carpina, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois do acidente ocorrido no Parque de Eventos Jota Cândido. O resgate do pernambucano foi caótico, visto que várias pessoas se aglomeravam em volta do seu corpo. Fernando recebeu o maior impacto na cabeça, e os médicos que o atenderam tinham a intenção de fazer sua transferência para a capital, mas não houve tempo, vindo a óbito pouco tempo depois do resgate.
A prova foi disputada num circuito improvisado nas ruas de Carpina. Pelo vídeo, filmado pelo jornalista Elmo Martins, é possível perceber que a segurança era inexistente, com os pilotos sendo protegidos por uma fina barreira de pneus, que poderia ser facilmente rompida num impacto mais forte, o que aconteceu no caso de Fernando. Populares invadiram a pista para tentar resgatar o piloto no momento que vários karts passavam em alta velocidade pelo local, levando a crer que, por muito pouco, a tragédia poderia ter sido ainda mais grave.


Após a tragédia, a organização do evento cancelou a corrida deste domingo. O corpo do Fernando Lopes foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML). O caso será investigado pela Delegacia de Carpina.

Antes de tomar conhecimento da morte de Fernando Lopes, o organizador do Carpina Kart Racing preferiu falar em fatalidade e disse que foi "chamado de Deus". "Infelizmente foi uma fatalidade que poderia acontecer com qualquer um e em qualquer lugar. Até na F1 acontece esse tipo de coisa. Ninguém é profissional o suficiente que não possa sofrer um acidente um dia, na F1 acontece, em todo lugar acontece. Mas nós estamos aptos a realizar o evento, temos alvará licenciado, estrutura profissional, mas em todo lugar há fatalidade. Lamentamos muito, infelizmente a corrida não vai prosseguir em respeito ao nosso companheiro Fernando, vamos orar para dar tudo certo para que em setembro possamos fazer uma festa ainda mais bonita e que ele esteja correndo conosco."

GRANDE PRÊMIO tentou entrar em contato com a Federação de Pernambuco. Segundo o zelador, único presente no prédio da entidade, o presidente Waldner Dadai  só dá expediente a partir das 14h. O GP também procurou a Prefeitura de Carpina e conversou com Maicon Ribeiro, que responde pela Secretaria de Cultura e Esportes, que autorizou o evento. Contudo, Ribeiro afirmou que a prefeitura não realizou a inspeção para avaliar a segurança do local e tampouco sabe informar quem a fez. "Pra te falar a verdade, não sei lhe informar quem fez a inspeção. Foi uma fatalidade, houve falhas tanto de um lado quanto de outro. A prefeitura emprestou o local do evento, eles só pediram para organizar o evento ali", disse.

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