segunda-feira, 3 de junho de 2013

Suspeito de estupro dentro de hospital no Rio entrou 20 vezes no leito da vítima, diz polícia


Ilustrativa
O técnico de enfermagem suspeito de estuprar uma paciente dentro do hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, quando ela ainda estava sob efeito de anestésicos, entrou 20 vezes no quarto da vítima em um período de 12 horas.
A investigação da 17ª DP (São Cristóvão), que encaminhará ainda nesta segunda-feira (3) um pedido de prisão preventiva, é baseada nas imagens da câmera de segurança instalada no corredor do hospital. O vídeo mostra toda a movimentação do suspeito, que foi demitido Quinta D'Or por "quebra de protocolo de atendimento", segundo informou a assessoria do hospital.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o técnico de enfermagem foi indiciado por estupro de vulnerável porque a vítima estava sem condições de se defender. O crime aconteceu durante a recuperação da paciente, que foi submetida a uma cirurgia no dia 9 de maio. Em pelo menos um dos abusos o suspeito teria tocado a paciente de forma imprópria durante o banho, segundo o inquérito.
Além de analisar as imagens da câmera do hospital, o delegado da 17ª DP, Maurício Luciano, ouviu o suspeito, a vítima e funcionários da unidade. Para ele, não há dúvida de que o suspeito cometeu os crimes.

Versão do hospital

Por meio de nota, na última quinta-feira (30), o hospital Quinta D'Or informou que a paciente fez uma hepatectomia (retirada de parte do fígado). A denúncia, feita à unidade no dia 13 de maio, informava sobre o abuso no banho por parte de um dos técnicos de enfermagem.
O funcionário foi afastado para que a unidade de saúde investigasse a denúncia. No entanto, durante a investigação interna, foi constatado que houve "quebra de protocolo de atendimento do hospital, que exige que dois profissionais realizem o procedimento de higiene dos pacientes", segundo nota da instituição.
O resultado da investigação interna resultou na demissão por justa causa do técnico. De acordo com a nota, o hospital deu suporte necessário à paciente e aos seus familiares, além de colaborar com a investigação da polícia.
O Coren (Conselho Regional de Enfermagem) do Rio de Janeiro informou que também abriu sindicância para acompanhar o caso e, caso a suspeita se comprove, vai pedir a cassação do registro profissional do técnico no Conselho Federal de Enfermagem.

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