Em 14 de fevereiro do ano passado, o então presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Ricardo Teixeira, sua filha Joana Havelange e Ricardo Trade, os dois últimos na condição de mais altos dirigentes do órgão, se reuniram para estabelecer os bônus a que fariam jus todos os 40 funcionários da entidade. Sob a justificativa de “entrega satisfatória dos eventos” todos ganharam gratificações, num total de R$ 2.339.849.
A maior parte, por coincidência, para os três participantes da reunião.
Teixeira, que recebia R$ 110 mil por mês, amealhou a bagatela de R$ 869 mil.
Sua filha Joana, cujo salário era de R$ 74.600, recebeu a módica quantia de R$ 544.580.
E Trade, mais modesto, com salário de R$ 50 mil, ganhou R$ 170.400.
O total dos bônus dos três atinge R$ 1.583.980.
Os R$ 750.869 restantes foram divididos pelos demais 37 funcionários, numa média de R$ 20.293 para cada um.
Verdade que Fernanda Fortuna Pizzi, íntima de Joana, foi agraciada com R$ 174.191, o que deixou aos demais 36, em média, R$ 16.018.
Larissa Nuzman, por exemplo, filha de Carlos Nuzman, do COB e do CoRio-16, recebeu bônus de R$ 24.768, com salário de R$ 11.258, porque a cartolagem é como a monarquia, passa de pais para filhos, como se por direito divino.
Bem que nossas avós nos ensinavam que “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte”.
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